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Arte

Fundaj: Concurso de Residências Artísticas divulga selecionados em 2020

Certame contou com inscritos de todo o Brasil. Aprovados residem em Carpina, Rio e Vitória do Espírito Santo

Castiel Vitorino BrasileiroCastiel Vitorino Brasileiro - Foto: Divulgação

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) divulgou, na última quarta-feira (30), os selecionados do VI Concurso de Residências Artísticas. Em 2020, foram analisados 100 projetos enviados pr representantes de todo o Brasil. Os artistas selecionados, receberão R $15 mil, cada, para o desenvolvimento de suas propostas. São eles: o pernambuco Abiniel João Nascimento, com o projeto Aceiro, a carioca Agrippina R. Manhattan, com ContraNormas brasileiras para erros de português, e a capixaba Castiel Vitorino Brasileiro, com Quarto de Cura. O resultado também foi publicado no Diário Oficial da União.

Os artistas devem ser contratados até março deste ano, segundo a Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), responsável pelo concurso. Ao fim, os selecionados terão um prazo de 12 meses para a realização das residências e exposições após a consolidação do contrato. 

Sobre o escolhido de Pernambuco, cerca de 55 km separam Recife de Carpina, município da Zona da Mata Norte. É no povoado de Caraúba, envolto pelo plantio e cultivo da cana-de-açúcar, que vive o artista Abiniel João Nascimento. Não por acaso, ele propõe em Aceiro investigar os impactos da planta na construção da identidade do povoado. Uma pesquisa poética, define. Assim, traços da memória, do território, da labuta cotidiana serão combustível para a performance a ser construída, onde ele pretende ressignificar feridas ainda expostas no seio familiar. 

Já no Rio de Janeiro, Agrippina Manhattan foi selecionada para realizar o projeto ContraNormas, onde pretende promover investigação e levantamento do repertório oral das pessoas na Região Metropolitana do Recife para compor um léxico que se contraponha ao português de 'pureza eugenista'. 

Enquanto para a artista Castiel são as vivências elementos cruciais à tal liberdade. Ela vive os ofícios da psicologia e das artes visuais em simultâneo. Em seu trabalho desenvolve estéticas sobre espiritualidade, onde reivindica aspectos da cultura bantu. No projeto Quarto de Cura, ela deverá atrelar compreensões da psique humana às ritualísticas. Para isso, alugará uma casa com dois quartos, onde ela receberá pessoas para pensar traumas, violência racial e "coletivamente propor modos de se curar”.

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