Cultura

Fundaj premia novos compositores na 2ª edição do Concurso Nordestino do Frevo, neste sábado (12)

Evento também marca o lançamento do livro "Ao compasso do frevo, com histórias e partituras dos nove vencedores

II Concurso Nordestino de Frevo realiza entrega de troféus aos vencedores, neste sábado (12)II Concurso Nordestino de Frevo realiza entrega de troféus aos vencedores, neste sábado (12) - Foto: Andrea Rêgo Barros / PCR

A festa de premiação dos vencedores do II Concurso Nordestino do Frevo, em evento aberto ao público, neste sábado (12), a partir das 16h, no campus Gilberto Freyre da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Casa Forte, celebra a renovação deste autêntico gênero musical de Pernambuco. 

No palco, se apresentam blocos líricos, maracatus e o compositor Getúlio Cavalcanti, homenageado desta edição. Além da entrega de troféus, a cerimônia também marca o lançamento do livro "Ao compasso do frevo", reunindo histórias e composições vencedoras da primeira edição do concurso, compiladas por Karla Veloso, coordenadora de Comunicação da Fundação e organizadora da publicação. 

“Estamos muito felizes com a oportunidade de celebrar a culminância desse concurso com uma grande festa aqui em nossa casa. Compartilhar com a população as composições reconhecidas pela nossa comissão julgadora cumpre com a finalidade do concurso, que é fomentar a produção cultural da região Nordeste e fortalecer o frevo, ritmo tão nosso que carrega o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. 

Vencedores e premiação
Na categoria Frevo de Rua, a campeã foi "Pollyanna no Passo", de Zildemar. "Freviolando", de Renato Bandeira foi a segunda colocada, seguida de "Rua da Aurora", de Bené Sena. A grande campeã no segmento Frevo de Bloco foi "Coração de Vendaval", de Rogério Rangel, seguida de "Cinzas de Quarta-Feira", de Pandora Calheiros e "Pelas Ruas de Olinda", de Nelson Gusmão e Manoel de Jesus Tavares Oliveira, que ficou em terceiro. 

Já na categoria Frevo Canção, "Procissão", de Rafael Marques e José Demóstenes, foi a campeã, com "DNA Pernambucano", de Roberto José da Silva e "Cariri passou dos cem" Fátima de Castro e Braulio de Castro, nas segunda e terceira colocações, respectivamente. "Um Frevo pro Meu Pai", de Thiago Oliveira venceu na categoria Frevo Livre Instrumental. O concurso premiou, ainda, o recifense Ed Carlos, como o melhor intérprete do certame com “Biscuit de Elefante”.  
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Ao todo, serão destinados R$ 92 mil para os músicos. O valor total será dividido entre os vencedores das 12 categorias, com variação de R$ 4 mil a R$ 10 mil, dependendo da colocação e do segmento. O livro referente à segunda edição do concurso, publicado pela Editora Massangana, reúne histórias dos autores e a concepção de cada uma das obras. Dez obras inéditas de compositores residentes no Nordeste foram selecionadas, sendo três para a categoria de Frevo Canção, três para a de Frevo de Bloco, três para a de Frevo de Rua e uma para a de Frevo Livre Instrumental. 

 

Passado e futuro no frevo
Com 60 anos dedicados ao frevo pernambucano, Getúlio Cavalcanti agradeceu a homenagem e se dirigiu às novas gerações. “Muito feliz, muito honrado. E quando vejo uma iniciativa dessa natureza, a alegria maior é porque sei que estão dando o valor que o frevo merece. É uma abertura que se dá aos compositores novos e aos que já estão na luta há muito tempo”, elogia. 

Novos valores como Pandora Calheiros, 18 anos, que se destacou com a canção "Cinzas de Quarta-Feira". “Para mim, ter conquistado o segundo lugar nesse concurso significa demais. Não só por eu ser jovem, mas principalmente por ser uma mulher, porque quem conhece o ambiente e a história do frevo, sabe que 99% dos compositores (inclusive de frevo de bloco) consagrados são homens. Então, é um simbolismo muito legal estar no meio de dois ganhadores homens e também mais velhos. Sinto que isso pode incentivar mais jovens que sonham, e mostra que nossa Cultura Popular está mais do que viva, não pode morrer nunca!”, comemora.

Furando a bolha
“O frevo é a música que representa o Carnaval, sendo assim o frevo não tem dono, não tem tempo. O festival é uma boa oportunidade de a gente provar isso. É muito difícil furar bolhas e trazer novos olhares e novos compositores. Essa também é a minha luta com a Orquestra Malassombro. De dar voz a esses compositores de hoje”, ressalta Rafael Marques que, em parceria com José Demóstenes, venceu a categoria Frevo Canção com a música “Procissão”.

“A música fala do Recife e Olinda, de como são duas cidades bastante religiosas, cheias de igrejas, e faz esse comparativo da procissão religiosa e o frevo e o arrastão da orquestra como uma procissão profana. Fala também dessa espera e ansiedade que a gente cria sobre o Carnaval”, detalha José Demóstenes.

 

José Demóstenes e Rafael Marques venceram na categoria Frevo Canção, com a música José Demóstenes e Rafael Marques venceram na categoria Frevo Canção, com a música "Procissão"

Confira os vencedores do II Concurso Nordestino do Frevo:

Frevo de Rua
1. "Pollyanna no Passo", de Zildemar
2. "Freviolando", de Renato Bandeira
3. "Rua da Aurora", de Bené Sena

Frevo de Bloco
1. "Coração de Vendaval", de Rogério Rangel
2. "Cinzas de Quarta-Feira", de Pandora Calheiros
3. "Pelas Ruas de Olinda", de Nelson Gusmão e Manoel de Jesus Tavares Oliveira

Frevo Canção
1. "Procissão", de Rafael Marques e José Demóstenes
2. "DNA Pernambucano", de Roberto José da Silva
3. "Cariri passou dos cem" Fátima de Castro e Braulio de Castro

Frevo Livre Instrumental
1. "Um Frevo pro Meu Pai", de Thiago Oliveira

SERVIÇO
Cerimônia de premiação do II Concurso Nordestino do Frevo e lançamento do livro "Ao compasso do frevo"
Quando: 12 de novembro, a partir das 16h
Onde: Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) - Campus Gilberto Freyre (av. Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte)
Instagram: @fundajoficial

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