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CINEMA

''Furiosa: Uma Saga Mad Max", estreia nos cinemas nesta quinta-feira (23); leia a crítica do filme

Longa-metragem expande o universo distópico criado por George Miller

''Furiosa: Uma Saga Mad Max'' é uma jornada de muitos desafios e mostra luta por sobrevivência da protagonista''Furiosa: Uma Saga Mad Max'' é uma jornada de muitos desafios e mostra luta por sobrevivência da protagonista - Foto: Divulgação

Em 2015, "Mad Max: Estrada da Fúria", uma das obras mais influentes do gênero de ação, marcou o retorno de George Miller à franquia após 30 anos. Na obra anterior, o diretor parecia ter extraído o melhor do cinema de ação, mas em "Furiosa: Uma Saga Mad Max", que estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas brasileiros, Miller demonstrou mais uma vez a sua capacidade criativa.

O filme, que é uma prequela do longa-metragem lançado há nove anos, foca na história da personagem Furiosa, em 2015 interpretada por Charlize Theron, mas desta vez ficou a cargo da atriz Anya Taylor-Joy (da série "O Gambito da Rainha").

Origem
A trama revela a origem desse ícone do cinema e como ela se tornou a imponente Furiosa anos depois na cronologia da saga. Ainda jovem, ela foi sequestrada de seu lar, o Vale Verde de Muitas Mães, por motoqueiros liderados pelo senhor de guerra Dementus, interpretado por Chris Hemsworth (intérprete do Thor na saga "Vingadores").

Apesar de ter conseguido manter a localização da sua terra natal em segredo, por ser o único local neste mundo pós-apocalíptico que ainda tem vegetação, a garota viu a sua mãe ser brutalmente assassinada pelo vilão.

Como consequência, Furiosa cresceu longe de casa, cruzando o deserto, ela chegou na Cidadela, a partir disso se viu inserida numa disputa territorial entre Dementus e Immortan Joe, velho conhecido do público, interpretado neste filme por Lachy Hulme. Enquanto os tiranos brigavam pelo domínio da região, a protagonista precisou amadurecer e aprimorar suas habilidades neste ambiente hostil.

Antes dos últimos lançamentos, essa franquia foi sucesso na década de 1980 com os três primeiros filmes protagonizados por Mel Gibson dando vida ao universo distópico criado pelo australiano George Miller.

Inventivo e irreverente
"Furiosa: Uma Saga Mad Max" é mais um trabalho de êxito de George Miller, e ainda sim poderia sofrer com comparações com o filme de 2015. Porém, não acredito que vai acontecer isso, pois apesar das suas semelhanças, são as diferenças narrativas que fazem esta obra expandir a mitologia da saga.

Se há nove anos acompanhamos a redenção de Furiosa, desta vez vemos a protagonista com outras motivações. Para alcançar os seus desejos, a personagem se torna aprendiz do motorista Jack (Tom Burke), enquanto lida com seus traumas e cultiva esperança, ela tenta controlar a raiva pelos anos perdidos.

Entre perseguições e confrontos, George Miller conduz a ação de maneira ímpar, a trilha sonora e os efeitos práticos e visuais ajudam na construção desse frenesi, mas é a dinâmica fotografia de Simon Duggan que cria a imersão do filme.

Vingança
A história de vingança planejada por Furiosa é uma das melhores realizadas nos últimos anos e mostra como Miller se tornou uma referência no cinema de gênero. Para além da ação cinematográfica capaz de entregar, o diretor segue sendo capaz de encontrar humanidade nos personagens, inseridos numa distopia que distorce a própria figura do ser humano.

Contudo, na esperança, solidão e vingança o diretor encontra condições intrínsecas ao ser humano e por isso "Furiosa: Uma Saga Mad Max" é estimulante do início ao fim.

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