Gaby Amarantos se joga no futuro com o lançamento do álbum 'Purakê'
A paraense traz parcerias com Elza Soares, Dona Onete e Alcione abrindo o disco
Quase uma década separa “Treme”, primeiro disco de Gaby Amarantos, do seu segundo trabalho em estúdio, “Purakê”. Se naquele álbum, a paraense trouxe o tecnobrega para o cenário nacional, no segundo ela quer mostrar uma Amazônia Futurista e, sobretudo, diferente do imaginário que foi construído em torno do Norte do País.
Pelo título, o disco já mostra qual o sentido que Gaby Amarantos quer trazer com sua arte. “Purakê” é o nome de um peixe pré-histórico, cuja voltagem chega a 860 volts, embarcando em conceitos trazidos semelhantes ao afrofuturismo - projetar as populações ribeirinhas amazônicas ao futuro. Mas nada como pensar o futuro refletindo sobre o passado: a abertura do álbum tem Elza Soares, Dona Onete e Alcione - três dos maiores nomes da nossa música popular -, em “Última Lágrima”.
A música funciona no álbum para além da abertura. É como se ela fizesse passagem para a mensagem que Amarantos quer passar nas próximas 12 canções do trabalho, com destaque para as parcerias envolvidas. Gaby traz “Opará”, com Luedji Luna; “Sangrando”, ao lado de Potyguara Bardo; “Amor Pra Recordar”, com Liniker; “Vênus Em Escorpião, com a dupla Ney Matogrosso e Urias; e as conterrâneas Viviane Batidão e Leona Vingativa no feat “Arreda”, além de Jaloo em “Tchau”.
Todo o cenário musical é composto com um visual para as plataformas digitais, através do conteúdo animado conhecido pelo conceito de clipelizer, produzido por profissionais como o paraense Lucas Gouvêa e Luan Zumbi. “É para a gente propor essa Amazônia futurista, afroindígena, para além dos esteriótipos”, afirmou a cantora em coletiva de lançamento.
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