Galpão das Artes abre espaço para o teatro em Limoeiro
Espaço cultural na cidade pernambucana prestou homenagens neste fim de semana, com a retomada do projeto Vitrine Teatral
O Galpão das Artes, na cidade de Limoeiro, a 77 quilômetros do Recife, retomou neste fim de semana um projeto que criou há dez anos. Pelo Vitrine Teatral passaram, na última sexta-feira (28), a Cia. Cara e Coragem, do Cabo de Santo Agostinho, com o espetáculo “Todos os dias às cinco da tarde” e no sábado (29), foi a vez da montagem “Bruta Flor”, da Cia. Experimental de Teatro, de Vitória do Santo Antão.
Também foram noites de homenagens, com entrega de placas e a presença do ator Tarcísio Queiroz, que já fez parte do elenco do Galpão, na sexta-feira. E ao produtor cultural e diretor do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, Paulo de Castro, e à jornalista Tatiana Meira, editora do caderno Diversão&arte do jornal Folha de Pernambuco.
A idéia de Fabio André, produtor cultural e diretor à frente do Galpão, com formação em Pedagogia, é trazer novidades a cada mês, até o fim do ano. A programação de maio já está confirmada e contará com dois dias de atividades.
No dia 30, com espetáculo do elenco da Fundação Cabras de Lampião, de Serra Talhada, seguida de show do sanfoneiro Assisão; no dia 31, com debate comandado pelo produtor Afonso Oliveira, com a participação de representantes de 14 instituições culturais da Mata Norte de Pernambuco. E, em seguida, o Galpão se envolve na agenda da carreta cultural do Sesc nacional, que estará em visita à cidade.
Prova do movimento constante no espaço – que tem capacidade para 70 espectadores - é a quantidade de turnês que o Galpão recebeu ao longo de 2016, tanto de grupos locais quanto de artistas nacionais. Entre eles o Grupo Proscênio, de Surubim; Miro dos Bonecos, de Carpina; o Mamulengo de Mestre Zé Lopes, de Glória do Goitá; “A Fuzarca”, do Grupo Teatral Risadinha, de Camaragibe.
E, ainda, Grupo Trampulim, de Minas Gerais, com o espetáculo “Acorda”, de palhaçaria; o mágico Rapha Santa Cruz, com “A Roda”; dentro do Sonora Brasil, do Sesc, o Grupo Quebradeiras de Coco Babaçu do Maranhão, com o espetáculo “Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho”.
A passagem da Cia de Dança Deborah Colker, com o diretor de cinema Cláudio Assis, dentro de vivência com oficina em dois dias como parte do processo de criação do espetáculo sobre o Rio Capibaribe inspirado em “O Cão sem plumas”, de João Cabral de Melo Neto, foi outro momento marcante, no ano passado.
A casa onde funcionam é alugada, mas existe um convênio com a Prefeitura de Limoeiro, através das Secretarias de Cultura e de Desenvolvimento Social e Cidadania.
Para a próxima montagem do Galpão, Alexasandro Silva vem acompanhando o grupo com oficinas de palhaçaria. Será uma adaptação de texto de Ariano Suasuna, com previsão de estreia para o segundo semestre de 2017.
No elenco da companhia limoeirense, hoje, estão dez atores, além de três diretores (fora Fábio André, Charlon Cabral e Jadenilson Gomes também já assinaram espetáculos nesta função).