Harry Potter Exhibition: exposição inédita que recria ambientes de Hogwarts abre em São Paulo
Mostra em cartaz na Oca do Ibirapuera tem como foco a experiência do visitante e funciona bem para crianças e adultos; são duas dezenas de galerias para visitar
A icônica Oca do Ibirapuera, projetada na década de 1950 por Oscar Niemeyer (1907-2012), no Parque do Ibirapuera, se tornou o epicentro da magia e da bruxaria na capital paulista.
O local tem em cartaz a “Harry Potter Exhibition”, uma mostra internacional que remonta a saga dos personagens criados pela britânica JK Rowling — e figuram há quase três décadas como um sucesso de primeira hora no mercado editorial e no cinema.
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A exibição conta com quase duas dezenas de galerias em que é possível ver trajes originais dos filmes, interagir com telas que são inspiradas em ambientes em Hogwarts e, é claro, tirar uma porção de fotos ao lado de cenários caprichados.
— Nossas pesquisas junto aos parceiros da Warner Bros. mostraram que os fãs brasileiros de Harry Potter representam um dos maiores mercados do mundo (sobre o tema). Em Paris, nós recebemos 600 mil visitantes nesta exibição. Então, para nós uma meta seria ultrapassar o milhão de visitantes no Brasil — disse Tom Zaller, ao Globo, presidente e CEO da Imagine Exhibitions, quando a reportagem visitou a mostra em Nova York, nos Estados Unidos, no início do ano. — A exibição em São Paulo é uma premiere global, inédita.
Para navegar na exposição é preciso vestir uma pulseira que conta com uma tag capaz de guardar o nome, uma foto e a casa preferida (que pode ser corvinal, grifinória, sonserina ou lufa-lufa) de cada visitante.
A tag pode ser aproximada de painéis espalhados em diversas partes da exposição. Por meio desse mecanismo, o visitante desbloqueia pequenos jogos e desafios para avançar na exibição. Ao fim de cada um deles, junta “pontos” para sua casa, contabilizados ao fim da exposição.
O modelo brasileiro — previsto para ficar na Oca até outubro — é bastante semelhante ao projeto que ocupou Nova York até poucas semanas atrás e agora parte para Boston. No Brasil, porém, a exposição parece mais espaçosa em locais como a floresta proibida, imediatamente ao lado da cabana do gigante Hagrid, onde é possível posar sentado em uma poltrona de grandes proporções (um dos pontos onde há filas para selfies).
Um dos auges exibição ainda é a estufa que recria os estudos de "herbologia", à semelhança do filme“A Câmara Secreta”. A graça da vez no espaço é tentar arrancar mandrágoras (de mentirinha, é claro) de dentro de seus vasos, como foi ensinado na classe dos bruxos, vista por milhares de fãs, no cinema. Ao puxar o caule para o alto, ouve-se um grito estridente por toda a sala emitido pelas plantas, em alto-falantes, como sinal de revolta. Na versão brasileira, o mecanismo ainda necessitava de alguns ajustes para funcionar plenamente. A sala dedicada à criação das poções, porém, estava funcionando perfeitamente — e permitia, inclusive, desenvolver um elixir do amor num mecanismo virtual (a quem interessar possa)
Nenhum outro ponto da exibição, porém, acumula mais fotos e sorrisos do que o ambiente que remonta o diminuto quarto de Harry Potter na casa dos tios, na já afamada Rua dos Alfeneiros, número 4. É possível sentar-se sobre a cama e posar para selfies — o que é capaz de acumular um bom número de fãs no entorno.
Também há muito apelo na sala que recria o salão principal de Hogwarts, onde há velas cinematográficas pairando sobre a cabeça dos visitantes, presas por cordinhas quase invisíveis, além de bonitos vitrais que lembram bem o ambiente da saga cinematográfica. A tônica da exposição é fazer o visitante sentir-se dentro de episódios da saga. Sejam os filmes iniciais ou o spin-off, The Cursed Child, (A Criança Amaldiçoada), peça de teatro escrita por Jack Thorne, com colaboração de Rowling.
Em comparação com a mostra norte-americana, a brasileira se mostra um pouco mais interessante quando o assunto são os figurinos originais que podem ser vistos pelo público. A versão brasileira parece ter mais peças do trio protagonista Harry, Roni e Hermione. De resto, as duas exposições são equivalentes, o que é positivo — uma vez que a venda de ingressos antecipados no Brasil foi baseada nas imagens da instalação internacional.
A exposição, contam seus organizadores, tem como trunfo ser interessante para fãs assíduos da saga, mas também encantar os “trouxas” — aquelas pessoas que não são íntimas ao universo bruxo. A bem da verdade, a estrutura da mostra deve cumprir seu papel de entreter os visitantes, talvez só encontre como maior oponente as longas filas de visitantes que já se formavam no primeiro dia de atividades.
OCA - Parque do Ibirapuera
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, S/n - Portão 2
HORÁRIOS
Sábados, Domingos e Feriados: sessões a partir de 9h.
Terça a sexta: Sessões a partir de 10h.
A última sessão começa às 19h, em todos os dias.
(A exposição fecha apenas às segundas-feiras, exceto feriados e a exceção do dia 14 de outubro, quando o horário de início é 10h).
Ingressos: de R$ 100 (inteira) a R$ 400 (inteira)