Iphan autoriza claraboia na entrada do Museu Nacional
Anteprojeto prevê cobertura transparente, que protegerá visitantes, mantendo entrada de luz para a escadaria e o pátio. Reforma completa só fica pronta em 2028
O Museu Nacional recebeu a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o anteprojeto que prevê a instalação de uma cobertura transparente sobre a escadaria monumental e o pátio do Paço de São Cristóvão. Até o fim do ano, será apresentado um projeto executivo, antes de as obras serem iniciadas.
"Essa escada nunca foi coberta. E o Iphan, logo no início, entendeu que agregaria valor autorizar a colocação de uma claraboia para que a riqueza de iluminação fosse mantida e para proteger os visitantes futuros. Estuda-se também levar a esse pátio o esqueleto de baleia cachalote doado ao museu após o incêndio" disse Lucia Basto, gerente executiva do projeto Museu Nacional Vive.
O cronograma de conclusão será anunciado apenas quando for aprovado o projeto executivo. Neste momento, seguem em obras os blocos dois, três e quatro, de paredes e estruturas internas.
Mais uma entrega em junho de 2024
De acordo com o projeto Museu Nacional Vive, que reúne UFRJ, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Instituto Cultural Vale, está prevista a abertura de uma sala de exposição com o Bendegó, meteorito encontrado na Bahia no século XVIII, para junho de 2024.
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Presidente do Iphan, Leandro Grass afirma que o cumprimento das etapas já é, em parte, efeito da supervisão dos comitês federal e local anunciados em fevereiro:
"Quando assumimos o Iphan no início do ano, fizemos a visita ao Museu restabelecendo participação nos comitês executivo e interinstitucional. Na última gestão, o Iphan tinha saído, o que é grave. Além de ser um bem tombado, e isso afeta qualquer intervenção direta no museu, a gente viu que há oportunidades de dar mais fôlego e força ao projeto."
As intervenções, a cada fase, serão avaliadas pelo órgão. Por conta do pedido de prioridade formalizado em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, as etapas devem avançar.
"Temos tentado dar prioridade a fazer no menor tempo possível. Do início do ano para cá, a obra ganhou relevância. E as novas articulações políticas atraem outra energia, novas forças, e isso impacta o projeto como um todo" reforça Grass.
Em junho deste ano, visitantes puderam ver a nova fachada e elementos museográficos expostos do lado de fora do edifício. A entrega completa está prevista para 2028. E Grass explica que o museu terá, ainda, outras novidades estruturais:
"A forma como aconteceu a tragédia de 2018 gerou desafios de modernização. E agora vamos construir um edifício mais seguro, atualizado, com novas estruturas arquitetônicas, de engenharia, elétrica, hidráulica. As obras vão trazer um bem preparado para o público e para as situações de hoje. Até porque ele terá acervo e estruturas tecnológicas recém-chegadas."