Irmãos celebram prisão de suspeito de matar Tupac, mas cobram investigação sobre cúmplices
Polícia americana deteve o ex-chefe de uma gangue 27 anos após assassinato de rapper, em Las Vegas
Os irmãos Tupac Shakur celebraram a prisão de um ex-chefe de uma gangue suspeito de assassinar a tiros o rapper em 1996, na cidade americana de Las Vegas. Duane "Keffe D" Davis foi acusado formalmente por um grande júri em Nevada, disse o procurador-chefe-adjunto Marc DiGiacomo perante um tribunal.
"Há uma grande presunção de que ele é o responsável pelo assassinato de Tupac Shakur, e será declarado culpado de assassinato com o uso de arma mortal", afirmou.
Mopreme Shakur considerou "bom" que alguém, enfim, esteja respondendo pelo crime. Ele ponderou ao site "TMZ" que a prisão do suspeito "traz de volta o trauma do assassinato" e não significa que foi feita justiça. Mopreme destacou esperar que a investigação continue para identificar possíveis cúmplices e esclarecer a motivação do caso. Para os investigadores, o motivo foi vingança por Tupac e sua equipe terem espancado o sobrinho de Keefe D após uma briga com Mike Tyson.
No início do mês, Mopreme colocou em dúvida a investigação policial depois que um mandado de busca foi expedido em relação ao caso. O irmão de Tupac disse estar surpreso com a prisão. Já a irmã de Tupac, Sekyiwa “Set”, disse ao TMZ, em comunicado, que este é um "momento crucial" no esclarecimento da morte do rapper.
"É importante para mim que o mundo, o país, o sistema de justiça e nosso povo reconheçam a gravidade do falecimento deste homem, meu irmão, filho de minha mãe, filho de meu pai. Sua vida e morte são importantes e não devem ficar sem solução ou sem reconhecimento", disse ela. "Houve várias mãos envolvidas e ainda há muita coisa em torno da vida e da morte de meu irmão Tupac e de nossa família Shakur em geral. Estamos buscando justiça real, em todas as frentes".
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Shakur, o artista de Hip-Hop que mais fez sucesso até hoje, com 75 milhões de discos vendidos e autor de sucessos como "California Love", foi morto a tiros quando estava em um carro em Las Vegas, em setembro de 1996.
Embora breve, sua carreira deslanchou rapidamente, passando de dançarino coadjuvante a autoproclamado 'gangsta rapper' e uma das figuras mais influentes do Hip-Hop.
Nascido em Nova York, ainda na adolescência, mudou-se com a família para a Califórnia, onde se tornou uma das figuras mas importantes do cenário musical da costa oeste.
As circunstâncias de sua morte ainda permanecem obscuras. Seis meses após seu assassinato, seu principal rival, o rapper da costa leste americana Christopher Wallace, mais conhecido como "The Notorious BIG", também foi morto a tiros.
Muito acreditam que ambos foram assassinados como parte de uma rivalidade entre suas gravadoras, a Death Row, com sede em Los Angeles, e a Bad Boy Entertainment, de Nova York.
No entanto, alguns historiadores da música dizem que as hostilidades entre os dois foram exacerbadas por razões comerciais.
Batizado em homenagem ao líder revolucionário inca Tupac Amaru por sua mãe - uma integrante ativa do movimento dos Panteras Negras -, Shakur abordava em suas letras as dificuldades dos afro-americanos nos Estados Unidos, que enfrentavam desde a brutalidade policial até as detenções em massa.