Itaú Cultural homenageia Cássia Eller nos 20 anos sem a cantora
Depoimentos, fotos e playlists relembram a voz potente, criativa e de personalidade marcante, duas décadas após sua morte
Em 29 de dezembro de 2001, um infarto do miocárdio levou Cássia Eller embora, uma das melhores artistas da música brasileira. Para homenagear essa cantora de voz potente, criativa e de personalidade marcante, passadas duas décadas dessa data, o Itaú Cultural preparou um material dedicado à cantora. Para rememorar Cássia, tem matéria com depoimentos do baterista Cesinha, da escritora Beatriz Helena Ramos Amaral e do fotógrafo Marcos Hermes; playlist com suas músicas e verbete na Enciclopédia.
Retrato da trajetória
Em Cássia Eller: canção na voz do fogo, publicado em 2002, Beatriz se dedicou a analisar o timbre de voz, as singularidades de interpretação, o repertório, o imenso poderio vocal e o mimetismo realizado por ela em cada obra. É com esse profundo conhecimento que a autora vê em Cássia uma das mais importantes intérpretes da música brasileira. “Ela gostava de sentir-se plenamente identificada com as canções que interpretava e se tornava uma espécie de coautora de cada obra”, diz. “Assim representou uma geração. Com capacidade mimética desmedida, avançou sobre fronteiras, visitou gêneros brasileiros distintos – com predominância do rock – e nos legou uma das mais fantásticas obras musicais da contemporaneidade.”
Leia também
• Cássia Eller será homenageada com gravação de sua música inédita
• Semelhança entre Chicão e a mãe Cássia Eller impressiona
• Relicário: vídeos para lembrar de Cássia Eller após 15 anos de saudades
Por sua vez, Cesinha, baterista em três álbuns de Cássia Eller – o último com ela foi Veneno Vivo, de 1994 –, foi um dos músicos que deram vida nova a Espírito do som, o qual retrabalha uma gravação ao vivo da década de 1980, quando a cantora tinha 22 anos. “Foi emocionante tocar com uma Cássia muito nova e sempre visceral. Eu amei o resultado”, diz ele que, em seu depoimento ao site do Itaú Cultural, relembra de histórias diversas e divertidas vividas ao seu lado.
Hermes, fez seu primeiro trabalho fotográfico com a cantora em 1999. Em 2018, ele lançou Brasilerô. O livro reúne 30 anos de trabalho fotográfico e traz imagens dela no sítio de Teresópolis. O autor comenta: “os registros da intimidade tornaram público o quão Cássia era uma mãe dedicada, artista autêntica e deixou muita saudade. A risada dela ecoa em mim até hoje.” No último encontro deles, ela se declarou fã de seu trabalho, lascou um beijo em sua boca e se despediu.
Serviço
Homenagem a Cássia Eller
Dia 29 de dezembro (quarta-feira)
Site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br