Johnny Depp detalha como teve o dedo decepado por Amber Heard
O ator está processando a ex-mulher em US$50 milhões por difamação
Depois de dois dias de depoimento no caso de difamação contra a ex-mulher, Amber Heard, o ator Johnny Depp concluiu sua versão dos fatos.
Segundo informações do The Guardian, nesta quarta-feira (20), ele disse que que as acusações de violência doméstica trazidas pela ex-mulher destruíram sua carreira e detalhou um incidente no qual teve parte de um dedo da mão decepado.
O ator testemunhou que Heard ficou furiosa quando ele começou a beber na Austrália durante as filmagens de um dos filmes da franquia "Piratas do Caribe" e jogou uma garrafa de vodka nele, cortando a ponta de seu dedo.
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"O sangue estava jorrando", disse Depp. 'Acho que entrei em algum tipo de... não sei como é um colapso nervoso, mas provavelmente é o mais próximo que já estive. Nada fazia sentido".
Depp disse que se escondeu em um banheiro e mais tarde foi levado para um hospital, onde falou para os médicos que o dedo havia sido preso em grandes portas sanfonadas.
“Eu menti porque não queria revelar que foi a Sra. Heard que jogou uma garrafa de vodka em mim e tirou meu dedo”, disse ele ao tribunal. “Eu não queria colocá-la em apuros.”
Depp disse ainda que as trocas entre o casal frequentemente se transformavam em discussões em grande escala. “Sua necessidade de conflito e violência surge do nada”, disse ele. “Aprendi a lidar com isso exatamente como fazia quando criança, que era me retirar.”
O tribunal de Fairfax, Virgínia, ainda não ouviu a versão de Heard sobre os eventos.
No primeiro dia de testemunho, na terça-feira (19), Johnny Depp afirmou que nunca bateu em Amber Heard e que contesta as acusações dela em um caso de difamação de US$ 50 milhões em parte para proteger seus filhos de informações falsas sobre seu comportamento.
Falando de forma suave e lenta, Depp disse em um tribunal da Virgínia que foi um "choque completo" há cerca de seis anos quando Heard "fez algumas acusações bastante abomináveis e perturbadoras" de que ele se tornou violento durante o relacionameto.
"É muito estranho quando um dia você é Cinderela, por assim dizer, e em 0,6 segundo você é Quasimodo", disse Depp.
"Eu não merecia isso, nem meus filhos, nem as pessoas que acreditaram em mim por todos esses anos."
Depp, de 58 anos, alega que Heard, de 35, o difamou quando escreveu um artigo em dezembro de 2018 no jornal "Washington Post" sobre ser uma sobrevivente de violência doméstica. Ele entrou com uma ação de US$ 50 milhões contra Heard em 2018.
O artigo não mencionou Depp pelo nome, mas o advogado do ator, Benjamin Chew, disse aos jurados há uma semana que estava claro que Heard se referia ao artista de Hollywood.
Os advogados de Heard argumentaram que ela disse a verdade e que sua opinião estava protegida como liberdade de expressão pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
Um juiz do tribunal estadual do condado de Fairfax, na Virgínia, está supervisionando o julgamento, que está em sua segunda semana e deve durar seis semanas.
Testemunhas chamadas pelos advogados de Depp incluíram amigos do astro e um médico e uma enfermeira que disseram que o trataram por abuso de substâncias. As testemunhas afirmaram que sabiam das discussões entre o casal, mas não testemunharam agressão física de Depp contra Heard.
Menos de dois anos atrás, Depp perdeu um caso de difamação contra o "The Sun", um tabloide britânico que o rotulou de "espancador de esposas".
Os Estados Unidos são um fórum difícil para processos de difamação, especialmente de figuras públicas como Depp, que devem provar por evidências claras e convincentes que Heard fez alegações falsas conscientemente.