Cultura

Jornalista, crítico e pesquisador de música, José Teles segue compartilhando cultura

Após mais de três décadas em redação de jornal, Teles dá continuidade à sua escrita por meio do Instagram e em breve, com um blog

José Teles, jornalista, crítico e pesquisador de música popularJosé Teles, jornalista, crítico e pesquisador de música popular - Foto: Arquivo Pessoal

“Cultura só presta quando se socializa. Mil livros e discos na cabeça, mas de que adianta se não for compartilhado?”. E lá se vão pouco mais de três décadas de crônicas, entrevistas e outras letras assinadas pelo jornalista, crítico e pesquisador de música José Teles que, após um longo tempo de redação em um jornal de Pernambuco segue ativo em seu perfil no Instagram (@teletoques) e em breve com um blog, formato que ele considera “a melhor ferramenta para se escrever”. 

“Com o blog vou ainda ficar mais livre, embora eu me sentisse livre na redação, eu falava sobre o que eu queria. Já no Instagram, apesar de ser interessante escrever porque, entre outras coisas, há uma resposta imediata, não se tem tanta liberdade. Hoje com essa polarização, é preciso ter cuidado com o que se diz e eu não estou ali para desgaste, mas para explorar o que sei de cultura”, conta Teles, um dos nomes mais respeitados nacionalmente no universo da crítica musical e que tem, entre outras peculiaridades, a escrita sem constrangimentos e tomada por sinceridades.

 

Em meio a pouco mais de 6,7 mil seguidores no Instagram, parte deles formados por produtores e músicos, o feed de José Teles traz textos diversos, inclusive fora do nicho da música, embora este seja o seu viés mais predominante.

Do bolero de Anísio Silva à pernambucanidade de Silvério Pessoa e Maestro Spok, passando também pelas primeiras linhas escritas por Bob Dylan para discurso no Prêmio Nobel de Literatura de 2016, e que depois virou um livro, os textos em rede social seguem seguros e inquietos, o tanto quanto o seu autor que em paralelo às postagens está na produção de dois livros - que em breve devem se somar aos..."Sei exatamente não. Acho que 40", deduz. 

Um dos livros versará sobre os 50 anos do Quinteto Violado. "Eles  têm a mesma importância que teve Chico Science para a música pernambucana e brasileira", pontua ele, que já havia escrito para os 40 anos do grupo e agora reescreve, expandindo para o cinquentenário.

Já o outro livro traz a biografia do cantor e compositor Alcymar Monteiro. “Foi encomendada por ele há uns seis anos. Ele parou, e resolveu continuar este ano. Mas não é uma biografia limada, autorizada, feito estas de Roberto Carlos que só traz o que tem na imprensa. Alcymar fala de tudo e dá nomes aos bois. Não hesita falar em jabá e em empresários desonestos”. 

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