monogamia

Jovem cantora diz que se tornou monogâmica após o uso de antidepressivos; entenda

Mudanças na forma de se relacionar não são consideradas possíveis reações adversas da classe de medicamentos utilizada pela cantora

 Jovem diz que se tornou monogâmica após o uso de antidepressivos Jovem diz que se tornou monogâmica após o uso de antidepressivos - Foto: Reprodução / TikTok

June Henry, uma jovem cantora, de 19 anos, dos Estados Unidos, viralizou no TikTok ao comentar sobre um efeito um tanto inesperado após o início de um tratamento com antidepressivos. A americana relata, em vídeo que já acumula quase 2 milhões de visualizações, ter se tornado uma pessoa monogâmica devido aos medicamentos.

"Sempre tive medo de tomar remédios porque pensei que isso tiraria quem eu sou. Comecei a medicação há cerca de um mês e, duas ou três semanas depois, acordei um dia e olhei em volta e pensei, Por que diabos sou poliamorosa? Comecei a me perguntar: Por que sou poliamorosa? E então pintei meu cabelo de castanho, tirei meu piercing na ponte (na parte superior do nariz), terminei com o 'cule' (relação de pessoas não monogâmicas) e nunca estive tão feliz" disse.

De forma resumida, uma pessoa monogâmica é aquela que se relaciona com apenas um parceiro por vez, com exclusividade. É a forma de se relacionar mais tradicional, porém crescem os relatos de indivíduos que se consideram poliamorosos ou poligâmicos. Nesses casos, são pessoas que conseguem se envolver afetivamente com mais de um parceiro ao mesmo tempo.

O medicamento iniciado por June foi o Wellbutrin, cujo princípio ativo é a bupropiona. A substância interage no sistema nervoso com os neurotransmissores noradrenalina e dopamina, que se acredita estarem envolvidos nos mecanismos da depressão.

Entre as reações adversas consideradas muito raras do medicamento (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes), há de fato o risco de paranoia; sentimento de estranheza em relação a si mesmo (despersonalização); perceber ou acreditar em coisas que não estão realmente ali (alucinações/delírios); sonhos estranhos, entre outros.

No entanto, não há qualquer menção a alterações na forma de se relacionar com outras pessoas. Além disso, antidepressivos que costumam ser mais associados a mudanças no desejo sexual, por exemplo, pertencem à classe de fármacos que interagem com a serotonina, diferente daquela à qual pertence o Wellbutrin.

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