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Jovem viaja sem avisar os pais para conseguir ingressos de Taylor Swift; entenda

Cantora vai se apresentar pela primeira vez no Brasil em novembro

Taylor SwiftTaylor Swift - Foto: AFP

Desta vez, a maratona chega ao fim. Para garantir o ingresso para o show de Taylor Swift — cantora americana que vem pela primeira vez ao Brasil, em novembro —, vale tudo. O estudante Pedro Henrique de Souza, de 21 anos, saiu sozinho de Governador Valadares, em Minas Gerais — "sem avisar os pais, que estão viajando fora da cidade", como ele ressalta —, e tomou um ônibus para o Rio de Janeiro depois de não conseguir os bilhetes pela internet. A história é triste, ele avisa.

"Até agora minha família não sabe que estou aqui", diz o rapaz, com a expressão abatida. "Só não choro porque estou sem forças. As lágrimas até secaram dentro de mim."

Na última segunda-feira (19), depois de enfrentar uma extensa fila virtual na internet, o jovem celebrou o fato de que conseguiria, enfim, garantir os bilhetes por meio da compra on-line. Publicou então uma foto da tela de seu computador no Twitter sem se dar conta de que constava na imagem a identificação de sua posição na tal fila virtual. Em instantes, roubaram sua ID e, de repente, ele perdeu o lugar no site. Não pensou duas vezes antes de tomar a decisão: iria para a capital fluminense para tentar a sorte na bilheteria do Estádio Nilton Santos, o Engenhão, na Zona Norte, onde ocorrerão os shows.

"Já chorei muito pelo o que passei com essa situação, antes de fazer meme com isso", afirma ele, que conquistou o terceiro lugar na fila que se forma, nesta quinta-feira (22), ao redor do Engenhão, e que foi aberta às 10h.

"Estou virado, sem dormir, desde terça-feira, dia em que cheguei aqui. De manhã, meu cobertor ficava encharcado de tanto sereno. Os policiais ficavam aqui só até 16h. Depois, nós, os fãs, ficávamos vulneráveis. Numa madrugada, um grupo de motoqueiros mascarados ficou nos provocando... Passei mal, tive febre, precisei ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Mas os amigos que fiz na fila guardaram meu lugar e cá estou, morrendo de dor na corpo. Mas faria tudo de novo pela Taylor Swift."

Reclamação com cambistas
Depois de madrugar na fila que se formou, na semana passada, no Engenhão — e sair do lugar de mãos vazias, após os bilhetes se esgotarem —, a estudante Letícia Monteiro, de 20 anos, decidiu fazer tudo igual novamente. Mas com mais fôlego.

Para conseguir a primeira posição na fila, a jovem chegou ao local três dias antes de as vendas serem abertas. Nesta segunda-feira, após conquistar as entradas, enfim, ela celebrou. E afirmou que, sim, enfrentaria os perrengues novamente para garantir um lugar pertinho da ídolo.

"Cheguei aqui na fila sozinha, e só tinha eu. Mas não tive medo. Estou há 12 anos esperando por esse momento. Tudo na vida exige um sacrifício. Se não estiver disposta a pagar por isso, não saberei como será a vida", afirma ela, que reclama da presença de cambistas na fila. "Da outra vez, na semana passada, eu era a 35ª pessoa na fila e não consegui comprar, meia-entrada porque esgotou. Desta vez, o problema com os cambistas continua. Eles estão aqui ao nosso lado."

Jovens ouvidos pelo GLOBO relatam que, da última segunda-feira até hoje, as madrugadas na fila foram marcadas por uma crescente tensão entre cambistas e fãs.

"É muito fácil identificar quem é cambista. Todos eles receberam, à noite, quentinhas e colchonetes de pessoas que vinham de fora. É um grupo coordenado. Mas a polícia não aparece aqui", reclama o pai de uma fã, que preferiu não se identificar.

Os fãs ressaltam que agentes do Procon-RJ deveriam auxiliar a formação da fila para fiscalizar a presença de cambistas. Na última madrugada, depois que os fãs se mobilizaram na internet denunciando a presença de cambistas, os jovens receberam ameaças, como contam ao GLOBO.

"Foi um horror. Eles ficaram tentando descobrir quem tinha começado a subir hashtag contra eles, fazendo ameaças", conta Pedro de Souza.

A maior parte dos fãs tenta a sorte pela segunda vez, depois de não conseguir ingressos na última semana — e enfrentando o mesmíssimo perrengue, com direito a barracas de camping e pilhas de cobertores.

"Foi horrível na semana passada. Foi o fim para a gente, sair daqui sem ingresso. Eu só tinha R$ 240, mas quando chegou minha vez havia só entradas a partir de R$ 900. Por isso, estou aqui desta vez, há mais de três dias", explica Rebeca Fernandes, estudante de 18 anos.

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