Juliette e Gil do Vigor defendem Nordeste diante de ataques xenófobos nas redes
Região foi responsável por boa parte dos votos no candidato Lula (PT) e virou alvo de ofensas, repetindo cenário de 2018
A paraibana Juliette e o pernambucano Gil do Vigor se manifestaram contra ataques xenófobos que a região Nordeste vem recebendo nas redes desde a apuração e resultado do primeiro turno das Eleições 2022. O candidato Lula (PT) conseguiu vantagem expressiva sobre Jair Bolsonaro (PL) na região, que teve destaque no Centro-Oeste e Sul.
A palavra “nordestino” ficou entre as mais comentadas nas redes sociais e muitas pessoas associaram o voto com a condição climática do Sertão, a fome e a pobreza, repetindo o cenário que foi visto nas eleições de 2018.
A vencedora do "BBB 21", Juliette, se pronunciou em seu Twitter dizendo: "E os ataques xenofóbicos só continuam. Excelente oportunidade para refletir o quanto isso ainda é forte na nossa sociedade."
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Em outra postagem, a cantora compartilhou a letra de uma música e um vídeo de seu show: “Nordeste, tu que me veste de tanto/ De vida, de luta e de povo/ Se eu fosse nascer de novo/ Pedia pra Santa Divina/ Eu vinha de novo menina/ Filha de uma mulher da peste/ Uma semente do Nordeste/ Feliz por ser nordestina".
No Instagram, ela também compartilhou nos stories uma publicação com orientações jurídicas em relação a condutas xenófobas nas redes e gravou um vídeo resumindo o processo. "Já que não há respeito, resta pelo menos justiça", disse.
Também nos stories do Instagram, Gil do Vigor repudiou os discursos xenofóbicos e pediu respeito à região.
"Em termos de política, nós precisamos colocar a cabeça no lugar, se conscientizar, respeitar o outro... isso é democracia. Posso ter o meu pensamento e eu quero ser respeitado por ele, então preciso também respeitar o outro", disse Gil, que completou: "Uma coisa que não se pode tolerar é a xenofobia (...) Estou vendo uma galera sendo xenofóbica com o pessoal do Nordeste, o meu Nordeste, e que defendo sim. O nosso Nordeste precisa de respeito". O economista ressaltou ainda: "O nordestino é capaz, é potente e tem conhecimento, sim."