HUMORISTAS

Justiça retira show de Leo Lins das redes por conter piadas com minorias; Porchat e Tabet criticam

'Quem será o próximo?', questionou o humorista nas redes sociais

Leo Lins, humoristaLeo Lins, humorista - Foto: Reprodução/Instagram

O comediante Leo Lins, conhecido pelo humor politicamente incorreto, foi alvo de uma medida cautelar da Justiça de São Paulo que determinou a retirada de seu especial "Perturbador" de todas as plataformas digitais.

"Um show de humor é removido da internet a mando do Ministério Público", compartilhou Lins em suas redes sociais. Nos comentários da publicação, ele ainda escreveu: "quem será o próximo?"

Disponibilizado no YouTube no final do ano passado, o especial "Perturbador" já havia sido assistido por mais de 3 milhões de pessoas. Durante a turnê com o stand-up, Lins lidou com situações que classifica como "censura", como quando teve sua apresentação cancelada a mando do prefeito de São Caetano.

Em outra postagem, o humorista escreveu: "este processo tem consequências absurdas. Há muito mais em jogo. A justificativa para remover meu show de stand-up, pode ser usada basicamente para remover 95% dos especiais de humor. Fora pedidos, a meu ver, desproporcionais por contar piadas num palco de teatro. Igualando uma expressão artística a um ato criminoso."

A medida cautelar, além de derrubar o especial, proíbe Lins de "realizar, em suas apresentações, quaisquer comentários, bem como de divulgar, transmitir ou distribuir, quaisquer arquivos de vídeo, imagem ou texto, com conteúdo depreciativo ou humilhante a qualquer categoria considerada minoria ou vulnerável."

A decisão da Justiça foi alvo de críticas por outros comediantes, como Fábio Porchat, Antônio Tabet e Carioca, que foram solidários a Lins em suas redes sociais. "Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável!", escreveu Porchat.

Já Tabet publicou: "Não cabe à Justiça - e nem a ninguém - aprovar ou censurar piadas alheias. Pode-se gostar, detestar ou criticar a comédia ou o comediante, mas piadas são só piadas. Piadas não matam mais que dramas, jornalismo, publicidade ou a realidade."

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