Kanye e Drake selam as pazes e fazem show
Apresentação foi em defesa da liberdade de Larry Hoover, líder de gangue preso desde 1973 nos EUA
Após anos de alfinetadas, indiretas e discussões, Kanye West — que mudou o nome para Ye — e Drake parecem ter selado as pazes em prol de Larry Hoover, líder da gangue Gangster Disciples, preso desde 1973 nos Estados Unidos.
A dupla de rappers realizou nesta quinta-feira em Los Angeles um show beneficente em prol da liberdade de Hoover, por considerarem muito severa a pena pela qual ele responde. Durante a apresentação, Ye cantou primeiramente sucessos dele e de Drake, e depois ele o rapper canadense se juntaram no palco.
Documentos da Justiça americana apontam que Hoover foi um dos líderes da Gangster Disciples entre 1970 e 1995 e que sobe a direção dele, o grupo vendeu "grandes quantidades de cocaína, heroína e outras drogas em Chicago". Em 1973, ele foi condenado por ordenar o assassinato de um traficante de 19 anos e sentenciado a até 200 anos de prisão. Em 1997, ele foi condenado a seis sentenças de prisão perpétua depois de ser considerado culpado de conspiração federal por drogas, extorsão e por continuar a se envolver em um empreendimento criminoso.
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Os apoiadores defendem que mesmo apresentando reabilitação ao longo dos anos, Hoover foi mantido em uma prisão de segurança máxima e teve todos os pedidos de liberdade e transferência negados em quase cinco décadas. A Justiça, porém, considera ele como "um dos criminosos mais notórios da história de Illinois".
Criado em Chicago, Ye tem apoiado Hoover há alguns anos. Ele chegou a solicitar o perdão do preso ao ex-presidente Donald Trump durante um encontro em 2018, o que não ocorreu. O artista também tem uma música no álbum Donda chamada Free My Father (Liberte meu pai, na tradução para o português), que inclui falas de Larry Jr, filho do integrante da Gangster Disciples.
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