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POLÊMICA

Karla Sofía Gascón, de ''Emilia Pérez'', pede desculpas por posts antigos: ''Sinto muito pela dor''

Atriz concorre com Fernanda Torres na corrida pelo Oscar

Karla Sofía Gascón em ''Emilia Pérez'' Karla Sofía Gascón em ''Emilia Pérez''  - Foto: Divulgação

Karla Sofía Gascón se viu em meio a nova polêmica nesta quinta-feira (30) com o ressurgimento nas redes sociais e na imprensa de comentários antigos feitos no X, quando ainda era conhecido como Twitter, em que atacava o Islã, George Floyd e as próprias políticas de diversidade do Oscar, dentre muitas outras coisas.

"Quero reconhecer a repercussão sobre minhas postagens anteriores nas redes sociais que causaram dor. Como alguém de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e sinto muito pela dor que causei. Toda a minha vida lutei por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre as trevas", afirmou a atriz de " Emilia Pérez" em nota à imprensa americana.

Karla Sofía Gascón vem passando por dias agitados. Na quarta, a atriz de "Emilia Pérez" se viu em meio a uma polêmica após declaração em que sugeria ataques por parte da equipe de Fernanda Torres e de " Ainda estou aqui".

Após repercussão em veículos americanos, Gascón esclareceu que não quis atribuir os ataques as pessoas diretamente ligadas à brasileiras, e que estava falando, na verdade, do clima tóxico nas redes sociais. De toda forma, a polêmica foi grande o bastante para muitos sugerirem que ela estaria violando regras do Oscar. Segundo a revista Rolling Stones, a Academia chegou a analisar o caso e achou que não caberia punições à atriz.

Nesta quinta-feira (30), o nome de Gascón voltou a ganhar os holofotes após a internet resgatar uma série de posts antigos da atriz no X, quando a rede ainda era conhecida como Twitter. Os tweets polêmicos envolvem opiniões polêmicas sobre muçulmanos, George Floyd e até mesmo a diversidade no Oscar.

Primeira atriz trans indicada ao prêmio, Gascón chegou a achar o Oscar diverso demais no passado. Comentando a cerimônia de 2021, ela escreveu: “Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M”, escreveu. “Além disso, uma gala feia, feia.”

Sobre George Floyd, símbolo do movimento negro e da brutalidade policial nos EUA, ela disse: "Eu realmente acho que pouquíssimas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos."

Em publicação em setembro de 2020, com uma foto de uma família muçulmana, ela ironizou: "O Islã é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas, tão respeitadas que possuem com um buraquinho quadrado no rosto para que os olhos e a boca fiquem visíveis, mas só se ela se comportar. Embora se vistam assim para seu próprio prazer. Quão profundamente repugnante para a humanidade."

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