Karol G pede desculpas por sua nova música, '+57', acusada de sexualizar menores
A artista lançou seu novo single na semana passada
A estrela colombiana do reggaeton Karol G pediu desculpas, nesta segunda-feira (11), por sua nova música, intitulada "+57", que recebeu críticas de uma entidade oficial na Colômbia por sexualizar menores de idade e gerou comentários do presidente Gustavo Petro.
A artista lançou seu novo single na quinta-feira, junto com outras figuras do gênero de seu país, como J Balvin, Maluma, Feid, Ryan Castro e Blessd.
A música foi duramente criticada por uma frase em que Feid e Maluma fazem referência a uma mulher como sendo "mamacita [bonita] desde os 'fourteen'", ou seja, desde os 14 anos.
Karol G afirmou que a letra "foi tirada de contexto", mas pediu desculpas nas redes sociais.
"Me responsabilizo e percebo que ainda tenho muito a aprender (...). Estou muito abalada e peço desculpas de coração", escreveu a cantora de 33 anos.
O Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF), entidade oficial que protege crianças e adolescentes, afirmou que a música "+57" promove "conteúdos que incentivam a sexualidade desde a infância".
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O abuso de menores por estrangeiros se tornou recentemente uma preocupação em Medellín, cidade natal de Karol G e da maioria dos colaboradores da música.
A diretora do ICBF, Astrid Cáceres, fez uma denúncia nas redes sociais direcionada aos artistas: "Não há mercado que justifique essa letra", afirmou.
Desde o lançamento, o single também gerou colunas de opinião e artigos em revistas, como a versão em língua espanhola da Rolling Stone, que a qualificou como um "desastre" que "faz apologia à sexualização de menores".
Citando a matéria dessa publicação especializada, o presidente Gustavo Petro se expressou na rede social X: "Há uma confrontação cultural entre a superfície e o fundo das coisas que a juventude está enfrentando em seus bairros".
Cinco vezes vencedora do Grammy Latino, Karol G é considerada a maior voz feminina do reaggaeton na atualidade e uma referência do feminismo. Outros dos criadores de "+57", que recebe o nome do código telefônico da Colômbia, afirmam que a música foi mal interpretada.