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Kleber Mendonça Filho vai integrar o júri do Festival de Berlim
Anúncio do convite foi divulgado pela organização do evento, nas redes sociais. Pernambucano vai atuar junto com outros cineastas de renome, como o britânico Jeremy Irons
O cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho (diretor, dentre vários outros filmes, de "Bacurau" e "Aquarius"), foi indicado para compor o júri do Festival de Berlim (Berlinale), na Alemanha. O evento é um dos mais importantes do mundo cinematográfico, e acontece entre os dias 20 de fevereiro e primeiro de março.
Kleber irá atuar junto com outros cineastas de renome, como o britânico Jeremy Irons, a palestina Annemarie Jacir, o americano Kenneth Logan, o italiano Luca Marinelli, a alemã Bettina Brokemper e a franco-argentina Bérénice Bejo.
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O anúncio foi feito nesta terça-feira (04), e a organização do Festival postou a respeito na rede social Instagram. Pelo Twitter, Kleber agradeceu dizendo que está "ansioso para ver novos filmes, fazer novos amigos. Eu amo Berlim e a Berlinale".
À Folha de Pernambuco, o cineasta declarou que está muito feliz. "No ano passado, 'Bacurau' deu muita visibilidade a mim e também ao cinema brasileiro. E o cinema brasileiro teve uma presença muito forte nos festivais de cinema de Cannes, Locarno, Veneza e agora em Berlim. Nosso cinema está passando por um momento de enorme prestígio. Estava numa curva ascendente que se deve a muitos anos de trabalho", avaliou.
Kleber Mendonça Filho também fez críticas ao governo federal. "O cinema brasileiro está enfrentando um momento que é de desmonte desse trabalho que vinha sendo feito. Isso é muito triste, e é difícil também de entender, porque o cinema faz parte de uma cadeia produtiva e econômica, e quando ele sofre ataques do próprio governo, isso prejudica a economia do país", afirmou.
Ele destacou o grande destaque que o cinema pernambucano tem dentro do contexto produtivo e apontou a necessidade do governo estadual continuar apoiando as iniciativas locais. "É muito importante que Pernambuco, enquanto Estado, proteja sua Cultura. Falo não só do cinema, mas da Cultura enquanto cadeia produtiva. Música, artes plásticas, literatura. Nós nos destacamos no cenário da produção cultural, e diante do descaso da esfera federal, é preciso que exista esse olhar".
Além de contar com um jurado no Festival de Berlim, neste ano o Brasil trará 19 filmes para o evento, incluindo curtas, distribuídos em diversas seções: "Nardjes A", de Karim Aïnouz; "Cidade Pássaro", de Matias Mariani; "O Reflexo do Lago", de Fernando Segtowick; "Vil, Má", de Gustavo Vinagre; "Luz nos Trópicos", de Paula Gaitán; "Chico Ventana También Quisiera Tener un Submarino", de Alex Piperno, por meio de uma coprodução com o Uruguai, a Argentina, a Holanda e as Filipinas; "Apiyemiyekî?", de Ana Vaz, em coprodução com França, Holanda e Portugal; "Jogos Dirigidos", de Jonathas de Andrade; "(Outros) Fundamentos", de Aline Motta; "Vaga Carne", de Grace Passô e Ricardo Alves Júnior; "Letter From a Guarani Woman in Search of the Land Without Evil", de Patricia Ferreira Pará Yxapy; e "Meu Nome É Bagdá", de Caru Alves de Souza. O filme "Todos os Mortos", de Marco Dutra e Caetano Gotardo, concorre ao Urso de Ouro, categoria mais importante do festival.
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