artes

Lançamento do livro "Triângulo matador" marca aniversário de 93 anos de Celso Marconi

Junto ao pintor e performer Daniel Santiago e à psicanalista Rachel Rangel, o jornalista e escritor encontrou amigos e admiradores

Lançamento do livro "Triângulo matador", de Rachel Rangel (esq), Daniel Santiago ("bispo") e Celso Marconi (de boné)Lançamento do livro "Triângulo matador", de Rachel Rangel (esq), Daniel Santiago ("bispo") e Celso Marconi (de boné) - Foto: Leonardo Vila Nova

Dono de uma trajetória marcante na crítica de cinema em Pernambuco, o jornalista e escritor Celso Marconi chegou aos 93 anos nesta quarta (23) e celebrou a nova idade entre amigos e admiradores, no Museu do Estado de Pernambuco - Mepe, no bairro das Graças, Recife. Foi também o lançamento do livro "Triângulo matador", que Marconi divide a autoria com o pintor e performer Daniel Santiago e a psicanalista Rachel Rangel, em uma produção independente.

Jornalistas, escritores, artistas plásticos, cineastas e público em geral foram celebrar a vida de Marconi e a nova publicação cujo material resultou das conversas despretensiosas que ele, Daniel e Rangel mantiveram durante o período de isolamento social da covid-19. "Esse livro é uma celebração à vida, à arte, por passarmos por esse momento, mesmo que insones, mas acreditando no poder subversivo da arte", disse Rachel Rangel.

Através de videochamadas, em geral nos fins de semana, o trio conversava sobre assuntos diversos, mantendo a mente e a inspiração em ebulição. "Discutimos sobre filosofia, sobre poesia, sobre 'n' coisas", comentou Rangel. "Nossas conversas eram um papo sem obrigações", destacou Celso Marconi. "E naquela conversa da pandemia e tal: "vai todo mundo morrer! venha morrer com a gente!'", declarou, em tirada anarquista, Daniel Santiago, sobre o grupo que eles batizaram, com ácido humor costumeiro, de "Vem morrer comigo".


Até que decidiram transformar a chama de inspiração dos encontros virtuais em material para publicação: "Triângulo matador" traz poemas de Celso, pinturas de Santiago e fotografias modificadas digitalmente por Rangel. "Esse livro quer a gente tá lançando aqui, hoje, é apenas um estrato, que o livro mesmo deverá ter entre 300 e 400 páginas (...) com 100 imagens minhas,100 imagens de Daniel e 97 poemas de Celso Marconi", adiantou a psicanalista, informando que a publicação ampliada está em negociação para edição com a Companhia Editora de Pernambuco - Cepe.

Exclusivamente para a ocasião, Santiago preparou – com quadros e cartazes performáticos – e circulou trajado de Bispo Pero Fernandes Sardinha, sacerdote português e primeiro bispo do Brasil, que foi antropofagizado pelos indígenas caetés. Ao seu lado, a atriz Virgínia Leal utilizava adereços indígenas.

O jornalista e escritor Marcelo Mário de Melo celebrou o trio com uma homenagem poética. Também foi lançado na ocasião o livro do poeta Almir Castro de Barros, "À beleza, quase adeus".

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