Não há como dissociar o movimento hip hop da mixtape. Inicialmente utilizada por DJs, em Nova Iorque, nos anos 1970, o objeto se tornou ao longo do tempo a maneira mais independente de se expressar no rap e, recentemente, no trap. É com esta pegada que Léo da Bodega lança sua primeira mixtape, “Mixtape Léo da Bodega”, unindo o gênero norte-americano ao conteúdo lírico inspirado em Olinda. O trabalho reúne cinco faixas autorais, as quais foram gravadas durante a pandemia.

A ideia do trabalho surgiu após o lançamento do primeiro single. Segundo ele, havia a necessidade de se apresentar e a mixtape sintetizaria o trabalho dele. “A mixtape fala sobre mim, sobre as coisas que eu vi acontecer, eu não construir algo pensando em quem sou, essas reflexões do meu dia dia, juntas, acabaram conseguindo falar disso, então faz parte de mim e me representam da mesma forma, já que na minha cabeça essas histórias deveriam ser contadas.”, conta Bodega.

O cantor apresenta um gênero alcunhado de “Trap de Olinda”, em que ele mistura elementos eletrônicos e do trap com os gêneros regionais que definem a cidade. O sentimento que ele queria passar era deixar o “gostinho” de Olinda em quem ouve o trabalho. As músicas “Os cara quer me apagar”, “Eu sei que passa”, “Nada penso”, “Revirando a casa” e “Fica essa noite” foram masterizadas por Bruno Giorgi, tendo a produção dividida entre Jovem Ralph e AkBeatMaker.

"Depois de Bruno comecei a enxergar algo que eu não sabia que é a Masterização, o nosso trabalho mudou da água pro vinho, eu costumo dizer que nosso trabalho chegou fininho, e ele transformou em algo grande, está soando real como eu queria, é algo que quando a gente faz tudo independente a gente não consegue alcançar, não chega nessa estética, mudou completamente", afirma Léo.

Do gêneros regionais à disco music, Léo une a estética olindense com o contemporâneo mundial no primeiro trabalho da carreira. O material do artista pode ser ouvido nas principais plataformas de streaming. 

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