Lexa sobre perda do bebê: "As pessoas precisam entender o quão grave é uma pré-eclâmpsia"
Em entrevista ao médico Drauzio Varela, do Fantástico, a cantora falou sobre o processo que viveu desde o dia 20 de janeiro, quando foi internada
Lexa deu mais detalhes sobre a morte de sua filha, Sofia, três dias depois do bebê ter nascido. Em entrevista ao médico Drauzio Varela, do Fantástico, a cantora falou sobre o processo que viveu desde o dia 20 do mês passado, quando foi internada com um quadro de pré-eclâmpsia. A entrevista será exibida no Fantástico deste domingo (23).
"Eu sentia uma dor de estômago muito forte, minha dor de cabeça já não passava, minha mão já estava de uma maneira que não conseguia fechar mais", disse Lexa, em corte da entrevista exibida na chamada do programa. "As pessoas precisam entender o quão grave é um quadro de pré-eclâmpsia", afirmou a artista.
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'Alto risco potencial'
Noiva do ator Ricardo Vianna, a cantora esteve internada em São Paulo por duas semanas, desde o dia 20 do mês passado, devido a um quadro de pré-eclâmpsia, o que resultou em um “alto risco potencial”, segundo o hospital. Ela afirmou que a menina nasceu em 2 de fevereiro, com apenas 25 semanas de gestação.
Por meio de um texto publicado no Instagram, a cantora afirmou que viveu um “luto e uma dor que nunca tinha visto igual”.
“Vivi os dias mais difíceis da minha vida. Eu senti cada chutinho, conversei com a barriga, idealizei e sonhei tantas coisas lindas para a gente… Foram 25 semanas e 4 dias de uma gestação muuuito desejada! Uma pré-eclâmpsia precoce com síndrome de HELLP, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi-intensiva e 3 na UTI, sulfatando e lutando pelas nossas vidas, minha filha”, acrescentou ela.
O que é pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é um problema relacionado ao aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas na urina (proteinúria), que pode surgir após 20 semanas de gravidez.
Trata-se de uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil, podendo levar a um parto prematura e até mesmo óbito neonatal. Lexa enfrentou a síndrome HELLP, complicação da pré-eclâmpsia, levando ao parto prematuro de sua filha e, consequentemente, a morte do bebê.
A doença pode causar o desprendimento da placenta, o que pode fazer o bebê nascer precocemente. É importante identificar a pré-eclâmpsia o mais rápido possível. A complicação também pode afetar o funcionamento dos rins, do fígado, do cérebro e, em casos mais graves, evoluir para a eclâmpsia - condição marcada por convulsões.