Liam Payne: como surgiu o One Direction e quem foram seus integrantes? Relembre trajetória do grupo
Cantor da boy band que conquistou o mundo em 2010 foi encontrado morto após cair de varanda de hotel em Buenos Aires, onde estava hospedado
Nos idos de 2010, era difícil encontrar uma adolescente que não caísse de amores por Liam Payne, cantor que morreu na última quarta-feira (16), aos 31 anos, após cair de uma varanda do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires, na Argentina. Ao lado de Niall Horan, Harry Styles, Zayn Malik e Louis Tomlinson, o jovem formava o grupo inglês One Direction.
Também chamados de 1D pelos fãs mais íntimos, os cinco rapazes representavam, naquele período, o retorno do fenômeno pop das boy bands, algo que volta e meia reaparece para animar o mercado e acelerar o coração da meninada.
A trajetória do One Direction representa muito bem o que costuma ocorrer com as boy bands típicas. O grupo foi formado meio por acaso, meio pelo senso de oportunidade do produtor Simon Cowell.
Em 2010, cada um dos cinco meninos se inscreveu para a competição da sétima temporada do programa de auditório “The X-Factor”, um dos mais populares da TV britânica.
Sozinhos, Niall, Liam, Harry, Zayn e Louis não impressionaram o júri, mas um dos jurados sugeriu que eles se juntassem.
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Sem quase nenhuma experiência no meio artístico, e também sem muito treinamento formal em música, os rapazes tiveram poucas semanas para se preparar. Mas apostaram no carisma e na juventude.
No “X-Factor”, o One Direction cantou, entre outras, “Torn”, de Natalie Imbruglia; “Viva la vida”, do Coldplay; e “Chasing cars”, do Snow Patrol. Assim, foram conquistando plateia e jurados, e ficaram na terceira colocação do programa, perdendo apenas para Matt Cardle e Rebecca Ferguson.
Só que meio caminho já estava percorrido. Depois do “X-Factor”, os garotos assinaram um contrato com a Syco, empresa criada por Simon Cowell em 2002. Compreender como atua o produtor, hoje com 65 anos, é fundamental para se ter uma ideia da razão do sucesso alcançado pelo One Direction.
Cowell é uma espécie de midas da cultura pop e um especialista nesses programas de auditório que atraem espectadores em qualquer canto, da Inglaterra ao Brasil. Ele foi jurado do “American Idol”, criou o “X-Factor” e estabeleceu a franquia do “Got Talent”.
Todos têm um formato parecido: jovens aspirantes a estrelas sobem a um palco, apresentam seus talentos, são avaliados por um grupo de jurados e depois torcem para serem escolhidos como os favoritos do público.
No caso do One Direction, a estratégia de lançamento traçada por Cowell foi semelhante ao que ele já tinha utilizado uma década atrás, com outras boy bands. Foi o produtor quem levou para as lojas os discos do Five e do Westlife, dois grupos ingleses bastante populares no início do século XXI. Para quem entende do negócio, uma boy band típica precisa ter rostos bonitos, um repertório pop grudento e coreografias. A lógica do negócio é que as músicas sejam boas para os olhos, para os ouvidos e para a pista de dança.
Durante os cinco anos de carreira, a banda acumulou 326 shows, 124 canções, cinco álbuns e 171 indicações a prêmios, consolidando-se como uma das maiores boy bands da história. Em 2015, os músicos tomaram a decisão de entrar numa pausa, permitindo que cada membro seguisse sua trajetória de maneira solo.