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Liberada pelos médicos, Preta Gil vai participar de show com a família; veja vídeo do ensaio

'Deus ouviu minhas preces', diz cantora, que interpretará 'Sinais de fogo', 'Vá se benzer' e 'Andar com fé' na estreia da turnê 'Nós a gente', nessa sexta-feira, no Rio de Janeiro

Cantora Preta Gil fala sobre câncer no Mais VocêCantora Preta Gil fala sobre câncer no Mais Você - Foto: Reprodução/TV Globo

Preta Gil chega com uma cara ótima e bastante disposição ao estúdio onde sua família ensaia para a estreia do show "Nós a gente", que acontece nessa sexta-feira (16), no Qualystage, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Comandada pelo patriarca, Gilberto Gil, e reunindo filhos, netos e bisnetos do artista, a turnê já rodou a Europa e aporta no Brasil no próximo fim de semana, com ingressos esgotados para sexta e sábado e alguns ainda disponíveis para o domingo.

A presença de Preta no palco, até então, era incerta por causa do tratamento que ela enfrenta contra um câncer de intestino.

- Graças a Deus! Deus ouviu minhas preces - diz ela, sobre a liberação dos médicos para entrar em cena. - De todos os compromissos profissionais que cancelei ou deixei de fazer por conta do diagnóstico, esse seria o que mais me entristeceria ficar de fora. Até a ausência no carnaval eu aceitei com resiliência, mas não fazer essa turnê no Brasil seria um terror. Ficaria sentida de não participar. É a gente voltando a se encontrar depois de uma turnê que foi linda, intensa e acabou produzindo uma série ("Viajando com os Gil", que estreia dia 30, no Prime Video)... Com a ajuda dos meus médicos, eu consegui. Eles me liberaram com limitações para fazer o show.

Preta não participará da apresentação inteira. Entrará mais para o final, cantando seus sucessos "Sinais de fogo" e "Vá se benzer", que dedicará à madrinha Gal Costa, com quem gravou essa canção. Também fará backing vocal em "Andar com fé" e em outras duas canções, além de voltar para o bis, que será ao som de "Refazenda", "Aquele abraço" e "Toda menina baiana".

Também não está certo se subirá ao palco no sábado e no domingo e se cumprirá o restante da agenda. É um dia de cada vez. Mas a julgar por seu famoso alto astral...

- Tenho que ver como vou me sentir, como meu corpo vai reagir no palco... Mas é bem provável que chegue em Salvador fazendo até o show de abertura ou uma dança louca (risos) - brinca. - Deus queira, porque a tendência, segundo os médicos, é que eu vá melhorando da radioterapia com o passar do tempo.

A expectativa da família para as apresentações no Brasil era alta desde os shows na Europa. Durante a viagem, Preta chegou a se sentir mal e foi parar um um hospital em Berlim. Lá, os médicos disseram que ela estava com gases e lhe receitaram laxante para soltar o intestino preso. O saldo, no entanto, foi positivo, e Preta lembra com carinho daqueles momentos.

- Vários amigos foram assistir... Mas nem se compara com a quantidade de gente querida que estará na plateia aqui. Fora que vai ser a junção de todos os públicos da família Gil, que tem desde o nosso patriarca à bineta dele, com toda sua diversidade, multiplicidade. Tem gente que gosta da Flor, dos Gilsons, eu tenho o meu público, meu pai, o dele, Nara (Gil) os dela. Juntar os fãs de todo mundo será gostoso.

A ideia para que todos se reunissem no palco, aliás, foi de Preta - mas quem tratou de realizar, ela frisa, foi Flora Gil.

- Isso começou quando eles fizeram a turnê de "Refavela" com parte da família. Tinha o Dom pequeninho dançando e cantando, a Flor fazendo backing vocal... Ali eu falei: "A gente tem que se juntar". Eu nunca tinha feito turnê na Europa, viajado com meu pai. Era uma vontade grande que eu tinha desde a adolescência. Mas sempre fui uma espécie de ovelha negra da família, estava sempre de castigo porque não passei de ano ou porque tinha feito alguma barbaridade (risos).

Oi? Castigo? Educação rígida na família Gil?

- Não, estou brincando. Ninguém me deixava de castigo, não. É um sonho meu, maluquice da minha cabeça, quem me dera ter um pouco de disciplina (risos). Nunca fiquei de castigo na vida. Mas tive filho muito nova, comecei a trabalhar cedo, com 16 anos, depois comecei minha carreira musical. Sou precoce e as responsabilidades não me deixaram viajar com meu pai. Todos já tinham ido, até o Francisco, meu filho foi a duas turnês. Então, foi um pouquinho de ciúmes que fez gerar essa ideia.

Ideia que, se depender da torcida positiva, Preta seguirá realizando com todo o seu carisma.

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