BRASIL

Linn da Quebrada celebra mudanças em nova carteira de identidade: "Menos constrangimentos"

Por determinação do governo, documento que substitui o RG não terá o campo 'sexo' e eliminará diferenças entre 'nome' e 'nome social'

Linn da QuebradaLinn da Quebrada - Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Linn da Quebrada afirma que está "respirando um pouco mais aliviada" desde que foram anunciadas mudanças no documento de identificação dos cidadãos brasileiros.

Na última sexta-feira (19), o Ministério da Gestão e Inovação comunicou que a nova carteira de identidade — que substituirá o Registro Geral (RG) e se chamará Carteira de Identidade Nacional (CIN) — passará a ser impressa sem a designação de "sexo" ou diferenças entre "nome" e "nome social". O governo ressalta que busca, assim, tornar o documento mais inclusivo às pessoas LGBTQIAP+ e evitar discriminações.

Os dois campos, aliás, não existiam no modelo antigo de identidade, emitido nas últimas décadas em todo o país, e haviam sido implementados após mudanças realizadas pela gestão de Jair Bolsonaro. A volta da ausência desses dois campos ("nome social" e "sexo") atende a um pedido do Ministério dos Direitos Humanos, com o objetivo de tornar o documento mais inclusivo.

— É uma decisão acertada, fruto da luta dos movimentos sociais organizados de travestis e pessoas trans no Brasil — comemora a atriz e cantora Linn da Quebrada. — A nova carteira tenta viabilizar menos constrangimentos. Sempre falei um pouco sobre como borrar essas fronteiras que tentam nos violentar. Sem dúvidas, precisamos ouvir as mulheres trans e travestis que estão encabeçando esses processos, elas podem nos ensinar muito mais do que imaginamos.
 

A artista, que se emocionou — em 2021 — ao receber a certidão de nascimento que oficializa seu nome (Lina Pereira dos Santos, no lugar de Júnior Pereira dos Santos), fala, ao GLOBO, sobre a importância de conquistas como essas.

— Não é apenas sobre o nome e a identidade, ainda que também seja em relação a tudo isso: é acerca da possibilidade de buscar e construir dignidade. Todo esse movimento está sendo estruturado pelas mãos das travestis, como sempre foi — diz ela, que ganhou projeção nacional após participar do "Big Brother Brasil 22". — É possível respirar um pouco mais aliviada quando temos uma Secretaria Nacional LGBTQIA+, que se importa conosco, no governo. Principalmente sendo encabeçada por uma travesti, que é a Symmy Larrat.

Veja também

Instituto lança série que desmistifica obra de Paulo Freire
Paulo Freire

Instituto lança série que desmistifica obra de Paulo Freire

Banda Catedral faz duas noites de shows no Teatro RioMar
MÚSICA

Banda Catedral faz duas noites de shows no Teatro RioMar

Newsletter