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ARTE

Livro "Arte Indígena em Pernambuco" apresenta diversidade criativa dos povos originários locais

Publicação de autoria coletiva reúne a produção artística dos povos Atikum, Fulni-ô, Kambiwá, Kapinawá, Pankaiwká, Entre Serras Pankaruru, Pankará, Pipipã, Tuxá, Truká, Xukuru de Cimbres e Xukuru de Ororubá

Livro traz um recorte sobre a arte produzida por povos indígenas de PernambucoLivro traz um recorte sobre a arte produzida por povos indígenas de Pernambuco - Foto: Divulgação

Nesta semana, durante o Encontrão da Comissão de Professores/as Indígenas de Pernambuco (Copipe) – que acontece até quinta (21), na terra indígena Entre Serras Pankararu, Petrolândia –, está sendo lançado o livro “Arte Indígena em Pernambuco: Da Natureza Sagrada às Peças da Nossa Cultura Material”.

Realização da Copipe, com incentivo do Funcultura, a publicação é de autoria coletiva, com a participação de mais de cem professoras, professores indígenas de arte e lideranças indígenas de Pernambuco, com organização de Eliene Amorim de Almeida, Lara Erendira Almeida de Andrade e Manuela Schillaci. 

Livro
O livro apresenta a diversidade da arte produzida pelos povos Atikum, Fulni-ô, Kambiwá, Kapinawá, Pankaiwká, Entre Serras Pankaruru, Pankará, Pipipã, Tuxá, Truká, Xukuru de Cimbres e Xukuru de Ororubá.

A publicação é resultado de uma ampla pesquisa, que contou com encontros e oficinas para sistematizar a produção artística desses povos, com aspectos relacionados às suas histórias, rituais e cosmologias.

“Arte Indígena em Pernambuco” sai com uma tiragem física de 500 exemplares, que serão distribuídos em escolas indígenas de Pernambuco. Também está disponível para o público, no formato e-book com audiodescrição, que pode ser baixado, gratuitamente, no site copipeedu.wixsite.com/copipe.

Livro "Arte Indígena em Pernambuco: Da Natureza Sagrada às Peças da Nossa Cultura Material" | Imagem: Reprodução

Arte indígena
“Arte Indígena em Pernambuco” apresenta um recorte da arte material indígena produzida com matérias-primas como penas, frutos, palha, cipó, fibras, madeira e barro.

Pelas mãos desses povos originários, se transformam em adornos como colares, brincos, pulseiras e tornozeleiras, mas também maracás, cachimbos, cocar, chapéu e vestimentas usadas em rituais. 

Também há objetos utilitários como urupemba, prato, copo, pilão, gamela, cestos, bolsas, abanos, esteiras e outros utensílios de decoração.

O livro traz textos coletivos que sintetizam as concepções de professoras, professores e lideranças indígenas acerca do tema, trechos de reflexões de cada povo e fotos dos objetos artísticos.

“Nossa arte tem um vínculo direto com nossos territórios, nossa história e nossa forma de ser no mundo. Ela conta, de uma certa maneira, uma história. A história dos conhecimentos dos nossos antepassados de transformar o que era encontrado nas caatingas, nas matas úmidas e nos rios em objetos para o uso cotidiano, festivo e sagrado”, diz a apresentação de um dos cinco capítulos.
 

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