CINEMA

Livro conta a história completa do cinema pernambucano ao longo de cem anos

"História Ilustrada dos 100 anos do Cinema Em Pernambuco" é assinado por Ernesto Barros e Germana Pereira

Germana Pereira e Ernesto Barros assinam o livroGermana Pereira e Ernesto Barros assinam o livro - Foto: Evelyn Soares/Divulgação

Gentil Roiz e Edson Chagas empreenderam, em 1923, o que viria a ser o primeiro filme de ficção produzido em Pernambuco. O início da produção de “Retribuição”, longa-metragem mudo lançado no extinto Cine Royal, em 1925, foi tomado como ponto de partida pelos jornalistas Ernesto Barros e Germana Pereira no livro “História Ilustrada dos 100 anos do Cinema Em Pernambuco”.

Publicação da editora Tangram Cultural, com incentivo do Funcultura Audiovisual, a obra traça um panorama da produção cinematográfica pernambucana ao longo de um século de trajetória. O lançamento ocorre nesta segunda-feira (6), no Cinema da Fundação do Derby, às 19h, seguido de uma sessão especial de “Retribuição”. 

Como uma espécie de enciclopédia, o livro passeia pelos títulos lançados neste período, além das salas de cinema, festivais, editais e outros acontecimentos marcantes da área, com direito a fotografias, texto e linha do tempo. Ernesto e Germana uniram suas experiências com a sétima arte para levar ao leitor um compilado de informações nem sempre fáceis de acessar.  
 

O livro passeia por diferentes períodos da cinematografia pernambucana, começando pelo pioneirismo do Ciclo do Recife, que produziu clássicos como “Veneza Americana” (1924) e “A Filha do Advogado” (1926). Em suas 153 páginas, a publicação vai revisitar ainda o Movimento Super-8, que marcou a década de 1970,  a retomada do cinema brasileiros nos anos 1990 e as produções contemporâneas, com a ascensão de cineastas como Kleber Mendonça Filho, Gabriel Mascaro e Renata Pinheiro.  

“É uma história de grande luta e resistência através desses 100 anos. Para fazer esses filmes todos, desde o início, foi preciso muita força de vontade e criatividade, porque não é fácil fazer um filme. Não era antes e não é agora. Houve momentos de desistência e de renascimento. Hoje temos uma produção muito maior, porque houve, logicamente, as leis de incentivo, que são exemplo para o país inteiro”, aponta Ernesto Barros, que assina os textos. 

A dupla responsável pela publicação realizou uma imensa pesquisa empreendida, principalmente, no Arquivo Público Estadual, nos arquivos da imprensa local e no acervo da Fundação Joaquim Nabuco. O lançamento do livro chama atenção, entre outras coisas, para a importância da preservação da memória do cinema em Pernambuco.

“Esse é, nitidamente, um problema real. Vários filmes foram perdidos por diversos fatores, que vão desde os mais remotos, mas também pela falta de uma cultura de preservação. Antes, as pessoas se preocupavam bastante em fazer o filme, mas não muito com o acondicionamento dele depois. Trazer isso no filme é uma forma de preservar, pelo menos, a memória da existência daquela narrativa que foi contada em determinada época”, destaca Germana, que assina pesquisa, produção e organização da obra.  

Serviço:
Lançamento do livro “História Ilustrada dos 100 anos do Cinema Em Pernambuco”
Quando: nesta segunda-feira (6), às 19h
Onde: Cinema da Fundação do Derby (Rua Henrique Dias, 609, Derby)
Preço do livro: R$ 50 (impresso) 
Informações: @tangramcultural_

Veja também

"Pinguim": o que esperar da nova série da Max derivada de Batman
Crítica

"Pinguim": o que esperar da nova série da Max derivada de Batman

Projota chora ao falar sobre assalto em casa: ''Era difícil de entender. Parecia um pesadelo''
ASSALTO

Projota chora ao falar sobre assalto em casa: ''Era difícil de entender. Parecia um pesadelo''

Newsletter