Livro sobre desaparecida na ditadura vence Prêmio São Paulo de Literatura
Claudia Lage levou o troféu de melhor romance por 'O Corpo Interminável', lançado pela Record
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo divulgou, nesta quarta, os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura.
O troféu de melhor romance de ficção foi para "O Corpo Interminável", que a carioca Claudia Lage publicou pela editora Record. A trama acompanha o jovem Daniel, que reconstitui a história de sua mãe, guerrilheira desaparecida durante a ditadura militar, e pauta a história de violências do país à época do regime.
Lage, que tem carreira também como cronista e roteirista da TV Globo, bateu concorrência forte, com nomes como Milton Hatoum, Julián Fuks, Maria Valéria Rezende, Paulo Scott e Joca Reiners Terron. A sua era a única obra da Record entre os indicados, contra sete do grupo Companhia das Letras.
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A categoria de melhor romance de estreia foi para "Paraízo-Paraguay", do catarinense Marcelo Labes, publicado pela editora Caiaponte.
O livro é sobre a imigração alemã no sul do Brasil, no século 19, e conta o envolvimento de um dos europeus vindos ao país na guerra contra o Paraguai.
Os vencedores receberão, cada um, um prêmio no valor de R$ 200 mil em cerimônia no próximo mês de março. Segundo o secretário Sérgio Sá Leitão, o prêmio é um meio de reconhecer a cultura como tendo "papel essencial e estratégico para o desenvolvimento humano, econômico e social do nosso Estado".
Veja quais foram os finalistas:
Melhor Romance de Ficção de 2019
Adriana Lisboa, Todos os santos (Schwarcz)
Claudia Lage, O corpo interminável (Record)
Javier Contreras, Crocodilo (Schwarcz)
João Anzanello Carrascoza, Elegia do irmão (Schwarcz)
Joca Reiners Terron, A morte e o meteoro (Todavia)
Julián Fuks, A ocupação (Schwarcz)
Maria Valéria Rezende, Carta à rainha louca (Schwarcz)
Milton Hatoum, Pontos de fuga (Schwarcz)
Patrícia Melo, Mulheres empilhadas (Casa dos Mundos)
Paulo Scott, Marrom e amarelo (Schwarcz)
Melhor Romance de Ficção de Estreia do Ano de 2019
Carol Rodrigues, O melindre nos dentes da Besta (7Letras)
Davi Boaventura, Mônica vai jantar (Dublinense)
Felipe Holloway, O legado de nossa miséria (Record)
Gabriela Aguerre, O quarto branco (Todavia)
José Rezende Jr., A cidade inexistente (7 Letras)
Lucila Losito Mantovani, Com o corpo inteiro (Pólen Livros)
Marcelo Labes, Paraízo-Paraguay (Caiaponte)
Miguel del Castillo, Cancún (Schwarcz)
Natalia Borges Polesso, Controle (Schwarcz)
Ricardo da Costa Aguiar, Das terras bárbaras (Alaúde)