Livros vencedores do 7° Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura serão lançados em evento
Encontro ocorre no dia 28 de junho, no Museu do Estado de Pernambuco
As obras vencedoras do 7° Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, que ocorreu em 2020, serão lançadas nesta terça-feira (28), às 19h, em evento no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe). Os livros - todos de poesia - foram publicados pela editora Cepe.
Os livros contemplados pela premiação são: "Dylan Pajeú", de Rafael Setestrelo; "A mulher do tempo", de Renata Santana; e "Auto de javalis e unguentos", de Helder Herik. Além da impressão e distribuição das obras, os vencedores receberam premiações em dinheiro que totalizam R$ 72 mil.
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O prêmio é uma parceria entre Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e a Cepe. O objetivo é fomentar a produção de obras de literatura em todas as macrorregiões de Pernambuco, com inscrições regionalizadas.
Confira as sinopses dos livros:
"Dylan Pajeú", de Rafael Setestrelo
Montado em riffs e martelos, o poemário entoa o sertão ocre e verde, seco e líquido, prosaico e poético. O bardo toma a rodovia. Os poemas brotam, extraídos dos ossos e das carnes do rio ao som de violas e guitarras, entre pelejas. Em matéria de encontros, o bardo registra viandante cavandante as serras, as gentes, as vilas e cidades, os rios e rodovias e serpentes, porque, neste sertão, todas as coisas também se encontram e se chamam Pajeú.
"A mulher do tempo", de Renata Santana
Este é um livro sobre o tempo dos sentidos narrado em quatro unidades de experiências que se complementam. Em Mercúrio Retrógrado uma voz poética acessa o tempo presente pela impressão do passado e toca em questões contemporâneas, cotidiano, linguagem, noticiário, as dobras da paisagem urbana. Em Temporã o amor e o desejo são rupturas do presente e sustos do passado que irrompem fora de um fluxo. Em Ex-votos há a sala dos objetos recuperados e roídos pela memória. E Futurista retrô festeja uma seta ao futuro que atinge o passado, os enganos do século 21 e a experiência hipermediada pelas novas tecnologias.
"Auto de javalis e unguentos", de Helder Herik
“Auto de javalis e unguentos'' é um poema dramático. Zózimo é o patriarca supremo, aquele que tudo vê, sente e decide. É o juiz dos acontecidos e dos aconteceres. Zózimo é o anti-herói que tanto pode existir na literatura ou na casa ao lado. Um personagem que por fora, no seu raso, até passaria por um cidadão de bem (seja lá o que isso queira dizer hoje), mas que no fundo oculta/expõe o ódio das mulheres, das minorias e dos desvalidos. Um personagem, o leitor bem verá, que é um complexo do nosso tempo, do nosso Brasil.