"L.O.C.A.": mulheres se unem contra relacionamentos tóxicos em comédia nacional
Com Mariana Ximenes, filme estreia no Telecine Premium neste domingo (15)
"L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor", que estreia no Telecine Premium neste domingo (15), às 22h, é um filme feito por mulheres e sobre mulheres. Segundo longa-metragem da diretora Claudia Jouvin, com produção de Carolina Jabor, a comédia conta a história de três personagens femininas muito diferentes, mas conectadas pela má sorte em suas relações amorosas.
Manuela (Mariana Ximenes) é uma jornalista que se envolve com seu professor de mestrado, mas ele não quer assumir o namoro publicamente. Já Rebeca (Roberta Rodrigues) vive irritada com as traições do marido, enquanto Elena (Debora Lamm) não consegue superar o fato de ter sido deixada pelo esposo.
As três se conhecem e se tornam amigas em uma reunião da Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor, a L.O.C.A., onde elas podem compartilhar suas vivências em relacionamentos tóxicos. Enfurecidas com seus pares, elas resolvem ir além da terapia e se juntam para um plano de vingança com consequências perigosas.
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“As personagens extrapolam todos os limites nas suas revanches. Elas fazem o que a gente não pode e nem deve fazer, mas que em algum momento já sentimos vontade. Acho que o filme é uma forma das mulheres se sentirem mais fortes”, afirma a diretora, que quis desfazer “o mal causado pelas comédias românticas” no imaginário feminino.
“A vida inteira a gente ouviu que encontraria o amor ideal, uma alma gêmea. Não aguento mais ver essas histórias de amor perfeitas, porque nenhuma é. Sempre há altos e baixos. No caso do filme, são mais baixos do que altos”, comenta.
Para Mariana Ximenes, o longa-metragem ressignifica um termo tantas vezes atribuído às mulheres de forma pejorativa. “Todas nós já fomos chamadas de loucas alguma vez na vida. No filme, ele simboliza a nossa reação diante de quem quer nos calar”, afirma a atriz.
Em “L.O.C.A.”, o humor é a chave para falar de forma leve sobre relações abusivas. Debora Lamm defende que a comédia tem uma forte função social e política. “Normalmente, a história cômica vem disfarçada de despretensão e, então, atravessa o outro pegando ele desprevenido. A comédia tem uma potência de comunicação muito transformadora. Por isso, a encaro como revolucionária”, aponta.
O elenco masculino traz Fabio Assunção, Luis Miranda e Erico Brás, que interpretam os alvos da vingança das protagonistas. “Creio que a comédia, nestes tempos tão terríveis, tem sido um grande alívio para a sociedade. Vivemos um momento com muitos cinemas ainda fechados, mas temos a esperança de que as pessoas, uma vez vacinadas, vão querer retornar às salas”, diz Luis.