Maior concurso de fotojornalismo do mundo, World Press Photo proíbe imagens geradas por IA
Decisão bane tanto imagens completamente geradas por IA quanto o uso de preenchimento generativo em fotografias e já vale para a edição de 2024
O concurso World Press Photo, que, desde 1955, elege anualmente a melhor foto jornalística do mundo, decidiu banir todas as imagens geradas por inteligência artificial na edição de 2024, cuja fase de submissão de materiais começará no dia 1º de dezembro.
Antes, a organização tinha decidido manter uma brecha na categoria Formato Aberto, dedicada a técnicas inovadoras e novas abordagens narrativas, mas voltou atrás. Tanto as imagens completamente geradas por IA quanto o preenchimento generativo estão banidos do concurso.
"Para nós, uma foto captura algo que realmente aconteceu, e aquelas geradas inteiramente com inteligência artificial não são fotos" disse o chefe de comunicação do World Press Photo, Andrew Davies, ao El País. O Formato Aberto abrange montagens, colagens e formatos alternativos de fotografia, mas imagens geradas por IA estão banidas do concurso, tido como a premiação de maior prestígio no fotojornalismo.
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Segundo o World Press Photo, essa decisão está alinhada com o os valores de precisão e confiabilidade da instituição. O importante é que as pessoas que visitam sua exposição saibam o que estão vendo e que não haja dúvidas sobre a imagem apresentada, embora Davies admita que pode haver quem tente quebrar as regras utilizando técnicas ainda não conhecidas.
World Press Photo 2022
Neste ano, uma imagem que ilustra uma mulher grávida ferida sendo transportada de uma maternidade atacada em Mariupol, na Ucrânia, foi eleita a Fotografia do Ano pelo World Press Photo. O registro, feito por Evgeniy Maloletka para a Associated Press, ocorreu no dia 9 de março de 2022, e a mulher presente na foto, Iryna Kalinina, morreu pouco tempo depois junto de seu bebê, que nasceu morto.