"Maior especialista em arte" da França é julgado por enganar príncipe e Palácio de Versalhes
Bill Pallot ficou conhecido como um especialista em obras do século XVIII e fez fortuna no meio até ser desmascarado por ex-aluno
Bill Pallot tinha uma paixão inigualável por cadeiras francesas do século XVIII e a transformou em uma carreira lucrativa como consultor de museus, galerias e colecionadores, inclusive do Palácio de Versalhes. Ele se tornou uma figura conhecida na sociedade parisiense e uma celebridade no mundo da arte, até ser derrubado por um ex-aluno especializado em identificar falsificações.
Marcado por seu cabelo longo e looks de três peças, Pallot foi descrito pela revista Vanity Fair como "o maior especialista mundial em obras da França do século XVIII", enquanto a Paris Match o rotulou como "o Bernard Madoff da arte", famoso investidor que caiu em desgraça por comandar um dos maiores esquemas de pirâmide em Wall Street.
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No auge de seus poderes, a experiência e as garantias de autenticidade de Pallot ajudaram a convencer especialistas franceses a designar vários itens como tesouros nacionais. Ele também usou sua fama para enganar compradores endinheirados, incluindo o príncipe Abdullah bin Khalifa al-Thani do Catar. Fazia os clientes acreditarem que estavam comprando peças genuínas da História real.
Ele atestou a autenticidade de assentos que teriam pertencido a Maria Antonieta e à amante de Luís XV, Madame du Barry.
As pessoas acreditaram tanto em Pallot porque, há quase 40 anos, ele escreveu o que foi considerado o principal livro sobre o assunto: "A Arte da Cadeira na França do Século XVIII", que inclui um prefácio de seu amigo, entusiasta de antiguidades e designer de moda Karl Lagerfeld.
Agora, Pallot é talvez mais conhecido por usar seu conhecimento de História da arte para enganar alguns dos mais estimados especialistas e compradores de antiguidades.