Marcius Melhem processa Dani Calabresa e pede mais de R$ 200 mil de indenização
Os advogados do ator, do escritório Panella Advogados, pedem uma indenização no valor de R$ 200 mil por danos morais
O ator e ex-diretor da Globo Marcius Melhem, 48, protocolou na Justiça de São Paulo uma ação de indenização por danos morais e materiais contra Daniella Maria Giusti, mais conhecida por Dani Calabresa, 39, nesta quinta-feira (14). Na ação, Melhem ainda pede que a atriz faça uma retratação pública por "fatos inverídicos por ela divulgados ou corroborados por meio da mídia".
Os advogados do ator, do escritório Panella Advogados, pedem uma indenização no valor de R$ 200 mil por danos morais e afirmam que a quantia será revertida para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Sobre a retratação, eles pedem que seja feita pela atriz em todas as suas redes sociais, "bem como perante a revista piauí".
Na ação, os advogados também solicitam que Dani Calabresa pague os "custos de tratamento psiquiátrico/psicoterápico, até a respectiva alta médica" de Malhem, "ressarcindo-o de todos os custos por ele incorridos ao longo deste processo, acrescidos de correção monetária e juros de mora". Com isso, a quantia solicitada passa a ser de R$ 246,4 mil, mais os custos do processo. Procurada, a defesa de Dani Calabresa disse que não vai se pronunciar.
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"O autor [Marcius Melhem], que não teve contra si processo que comprovasse o assédio, segue por seu turno, como 'persona non grata', como sói acontecer com os condenados por sentença transitada em julgado por tais delitos/crimes. Alijado da vida profissional, tem o seu nome, imagem e honra vilipendiados em todas as mídias com espectro nacional. Vê esgarçarem-se as relações familiares e sociais. Padece de sofrimento psíquico, restando submetido a custoso tratamento psiquiátrico", diz trecho da ação.
Em dezembro de 2019, vieram à tona notícias de que Melhem teria assediado moralmente atrizes do núcleo de humor da TV Globo. Em outubro de 2020, falando pela primeira vez sobre esses episódios, a advogada Mayra Cotta, representante das mulheres que se dizem assediadas por Melhem, comentou os supostos atos de abuso sexual do ator em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
O documento elaborado pela equipe de defesa de Marcius Melhem tem 60 páginas, no qual destacam os prints de mensagens trocadas entre eles, imagens de redes sociais de Calabresa e áudios para comprovar que a atriz continuava a ter uma relação amigável com ele até final de 2019. Ao comparar as mensagens e redes sociais da atriz, eles afirmam que "elas desmentem as acusações de assédio".
Ao jornal Folha de S.Paulo, em dezembro de 2020, Marcius Melhem já havia mostrado essas mensagens trocadas com Calabresa para provar, na Justiça, que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo uma reportagem recente publicada na revista piauí, ele a teria assediado moral e sexualmente.
Na mesma semana da entrevista ao jornal, as mensagens foram enviadas pela defesa de Melhem para o email de Calabresa, por uma notificação extrajudicial, dando prazo de cinco dias para que a atriz confirmasse ou negasse o teor da reportagem segundo a qual ela teria ficado traumatizada pelo assédio do humorista.