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Televisão

Mariana Lima, a Sofia de "Onde Está Meu Coração", avalia sua relação com a televisão

encontrou o prazer de estar nos estúdios por conta de produções como "Cordel Encantado", "Sessão de Terapia", "Sete Vidas" e "Os Dias Eram Assim"

A atriz Mariana Lima encontrou o prazer de atuar na televisãoA atriz Mariana Lima encontrou o prazer de atuar na televisão - Foto: Lucas Seixas / Divulgação

Quem acompanha Mariana Lima na série “Onde Está Meu Coração” e na bem-sucedida reprise de “O Rei do Gado” custa a acreditar que, por muito tempo, ela foi presença bissexta na televisão. Além de estar muito envolvida com teatro, a atriz muitas vezes já abordou o fato de que, inicialmente, não se sentia muito bem com o esquema mais instantâneo das novelas e a alta exposição que envolve aparecer no vídeo.

Contudo, essa possível resistência televisiva se dissipou ao longo dos anos 2010, quando a partir de convites diferentes e instigantes, Mariana, enfim, encontrou o prazer de estar nos estúdios por conta de produções como “Cordel Encantado”, “Sessão de Terapia”, “Sete Vidas” e “Os Dias Eram Assim”.

“Maturidade é uma coisa maravilhosa. Recusei personagens legais por achar que a tevê não era um lugar para mim. Depois, consegui enxergar a riqueza dessas possibilidades. Tenho trabalhado com pessoas que amo e feliz com esse momento da minha carreira”, avalia.

Agora, a própria atriz vê com entusiasmo dois momentos bem distintos de sua atuação. À tarde, volta no tempo ao acompanhar as angústias juvenis de Liliana, mocinha carente da trama de Benedito Ruy Barbosa. “Eu tinha 25 anos na época e confesso que não estava tão empolgada. Mas a história da personagem acabou engrenando”, admite. Nas noites de terças, ela continua a ser impactada pela história forte e densa de “Onde Está Meu Coração”, em que vive a executiva Sofia.
 

Mãe da protagonista da obra, Amanda, de Letícia Colin, Sofia é puro sofrimento ao ter de lidar com a dependência química da filha ao mesmo tempo em que tenta salvar seu casamento com David, de Fábio Assunção. “A história é, basicamente, sobre família. A doença da Amanda desperta uma série de questões que estavam encobertas dentro desse lar. Tem amor, mas também tem muito desequilíbrio”, resume.

Passado e presente também se entrelaçam nos bastidores de “Onde Está Meu Coração”. O convite para a personagem chegou através do autor George Moura e do diretor artístico José Luiz Villamarin, ambos eram da equipe de direção de “O Rei do Gado”. Por fim, 27 anos depois, ela volta a fazer par romântico com Fábio Assunção. “Fazer a série com o Fábio foi um presente que Deus nos deu. A gente tem muita amizade, amor, parceria e sintonia em cena. É muito bonito o trabalho”, valoriza.

Tantos reencontros acabaram por tornar o ambiente de gravações muito amistoso e divertido para a atriz, ainda que o texto seja um dos mais densos de sua carreira. “Quase não teve cena que a gente não se impactou, se transformou. Todas as sequências eram exaustivas emocional e fisicamente. Do nada, estava no meio da rua, correndo com uma equipe atrás, superexposta na madrugada de São Paulo”, explica.

Natural da capital paulistana, Mariana dançou balé por anos e já estava decidida a ser historiadora quando largou tudo para viver da atuação. Com passagens pelas alternativas companhias Centro de Pesquisa Teatral, de Antunes Filho, e pelo Teatro de Vertigem, Mariana hoje consegue transitar muito bem por sua paixão pelos palcos, tevê e cinema.

Com novos convites ao final de cada trabalho, ela teve personagens de destaque em produções recentes como “Assédio” e “Um Lugar ao Sol”.

“A tevê atualmente trata melhor os intérpretes. Ninguém chega e já vai direto para o estúdio. Há um período de pesquisa e aprendizagem que torna o processo mais prazeroso. Além disso, sei bem que estamos falando de entretenimento, mas algumas obras conseguem ultrapassar isso e fazer arte”, filosofa.

“Onde Está Meu Coração” - Globo - terças, às 23h30

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