Mário Hélio Gomes assume cadeira de nº 24 da Academia Pernambucana de Letras
A cerimônia de posse ocorreu na sede da instituição, no bairro das Graças
O jornalista e escritor Mário Hélio Gomes assumiu, na tarde desta segunda-feira (22), a cadeira de nº 24 da Academia Pernambucana de Letras (APL).
Na cerimônia de posse, que ocorreu na sede da instituição, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, o novo imortal foi recebido oficialmente por seus colegas acadêmicos, na presença de convidados.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, Mário Hélio classificou sua oficialização como integrante da APL como um rito de passagem.
"É ingressar em uma instituição centenária e que tem um simbolismo muito forte, com nomes ilustres. Em um ano tão simbólico, em que comemoramos o quinto centenário de Camões, entrar em uma casa de letras tem sabor especial", apontou.
Mário Hélio foi eleito em junho do ano passado. Ele passa a ocupar a vaga deixada pelo médico, ator e teatrólogo Reinaldo de Oliveira, que morreu em 2022. A cadeira tem como patrono o abolicionista Joaquim Nabuco.
Nascido em Sapé, na Paraíba, Mário Hélio é mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco e doutor em Antropologia pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Ao todo, possui 12 livros publicados, dos quais quatro são dedicados à vida e à obra de Gilberto Freyre.
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Entre outras publicações, Mário Hélio escreveu “O Recife melhor do que Paris”, “Brasil profundo, Espanha Negra” e “A História Íntima de Gilberto Freyre”. Ele é membro do Pen Club Brasil, organização de escritores fundada no Rio de Janeiro, e da Associação Espanhola de Antropologia Aplicada.
Prosa e poesia
A obra do paraibano radicado em Pernambuco passeia entre a prosa e a poesia, abrangendo antropologia, sociologia e política. É autor de biografias de figuras célebres, como em “Armando Monteiro Filho: Flashes da vida e do tempo”, que conta a trajetória do célebre ex-ministro e empresário pernambucano, pai do presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, colaborando ainda com o próprio Armando na publicação de “Foi Assim: memórias, histórias, depoimentos e confissões” (Edições Bagaço, 434 págs).
Mário Hélio atuou em veículos de imprensa locais e de fora do Estado. Foi coordenador-geral da Editora Massangana e diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco. Atualmente, é superintendente na Companhia Editora de Pernambuco, coordena e edita a Revista Pernambuco, e, ainda, a revista Continente, da qual foi um dos fundadores.
Em sua carreira jornalística, Mário Hélio atuou em veículos de imprensa pernambucanos e de fora do Estado. Como gestor, ele foi coordenador-geral da Editora Massangana e diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco.
Atualmente, é superintendente na Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), coordenando e editando a Revista Pernambuco e a revista Continente, da qual foi um dos fundadores.