Maurício Kubrusly: quais são os sintomas da demência frontotemporal, condição que afeta o jornalista
Trajetória da vida do profissional será contada em documentário que vai estrear dia 04 de dezembro no Globoplay
O jornalista Maurício Kubrusly, de 79 anos, foi diagnosticado com demência frontotemporal, mesma condição do ator Bruce Willis. No documentário “Kubrusly: mistério sempre há de pintar por aí”, que estreia no dia 4 de dezembro no Globoplay, observamos a trajetória do jornalista, hoje com 79 anos.
Ele não se lembra mais do que escreveu, como critico musical nos anos 70, por exemplo. A esposa, a arquiteta Beatriz Goulart, é a única pessoa que ele ainda reconhece.
“Eu fiz muita coisa na vida”, revela ele em uma parte do documentário. O gosto pela música, que a doença não levou, é um dos fios condutores da trama.
O que é demência frontotemporal?
A demência é uma condição crônica e progressiva que se caracteriza por uma diminuição da função mental, afeitando a memória, o pensamento, a linguagem e o comportamento. Existem vários tipos de demência, sendo o Alzheimer a mais conhecida.
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Já a demência frontotemporal, que atinge Kubrusly e Willis, é menos comum e abrange de 5% a 10% dos casos de síndromes demenciais. A condição acomete pessoas acima de 50 anos, mais as mulheres do que os homens e caracteriza-se por significativas modificações do comportamento e da personalidade, ao mesmo tempo em que o funcionamento cognitivo encontra-se relativamente preservado.
Quais são os sintomas da demência frontotemporal?
Muitas vezes, os sintomas de quem está com este problema não são observados pela família. Eles incluem uma crise de depressão tardia, seguida de distúrbios comportamentais como desinibição, negligência com os cuidados pessoais e de higiene, desatenção, agressividade, além de distúrbios cognitivos (comprometimento da memória), rigidez mental, hiperoralidade, desequilíbrio emocional e alterações da fala.
Como é o diagnóstico da demência frontotemporal?
No menor dos sintomas é necessário consultar um neurologista para fazer uma avaliação clínica mais exata da condição. Exames como testes neuropsicológicos, hemograma completo e até mesmo exames de imagens podem indicar a presença da demência frontotemporal.
É importante ressaltar que não há cura para este tipo de doença e tende a evoluir com o passar dos anos. Os especialistas podem prescrever remédios que reduzem os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente.