MC Livinho: dezoito cigarros de maconha por dia e preconceito por voz
Em entrevista à Jovem Pan, ele contou que no início da carreira era viciado em drogas e por pouco não abandonou a profissão
O cantor de funk MC Livinho, 25, que desistiu de virar jogador de futebol no dia em que seria apresentado no time do ex-atleta Vampeta, deu entrevista ao programa Pânico da rádio Jovem Pan. Ele contou que no início da carreira era muito viciado em drogas e que por pouco não abandonou a profissão.
"Fumava muito baseado, tinha minhas doideiras. Mas em determinado momento da minha vida eu falei: 'eu preciso focar na minha carreira'. Fumava até 18 baseados por dia. E se eu continuasse assim, a fama iria passar, as minhas músicas não iriam tocar mais", contou.
Leia também:
Descriminalização da maconha: irreversível
McFly adia turnê no Brasil para setembro por causa do coronavírus
MC Tocha vai responder processo por tráfico de entorpecentes
Daquele momento em diante ele diz que resolveu voltar todas as suas forças para a música. E começou a fazer aulas de canto, aprendeu teclado e piano. "Eu pensei em como as pessoas poderiam me respeitar como artista, não como um maloqueiro, favelado que deu certo na vida e passou, perdeu tudo", revelou. Em outro momento do papo, o MC afirmou que sofreu preconceito por causa da voz dele. O canto tem mais vibrato e é mais agudo bem diferente da maioria cujo grave se destaca nas melodias.
"Tento trazer para o funk algumas coisas melódicas. Tento empregar algumas teorias da parte de MPB. Quando eu estourei, em 2014, as pessoas poderiam não entender bem. Tanto que passei preconceito. Pessoas falando para eu cantar pagode porque tinha voz de 'veado'", contou.
Acompanhe a cobertura em tempo real da pandemia de coronavírus