Médico Antônio Coelho se recupera da Covid e deseja relançar livro
Antônio Coelho é autor de "O Fugitivo", obra lançada em 2019 e que pode ser relançada para arrecadar fundos a outras vítimas da Covid-19
“É a óbvia razão da vida...”. E ao contrário da frase que finaliza o livro “O Fugitivo” (2019) escrito pelo médico Antônio Coelho, 69, que na página final descrevia o fator morte, nas linhas que se seguem é o celebrar a sua própria existência que vai justificar que a obviedade da vida pode ser também o 'querer viver', desejo que se agiganta aos que, como ele, percorreu sofríveis dias enfrentando a pandemia do novo coronavírus.
“Que felicidade voltar ao convívio social tão salutar. Nesse período turbulento entre vida e morte, busquei intensa e interiormente a quintessência da sabedoria: o amor Divino”, ressalta o médico nascido em Ouricuri cuja dedicação à medicina é exercida há pouco mais de 30 anos em Garanhuns, Agreste do Estado, local a que ele chama de “cidade adotiva”.
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Foi pelas bandas da “Suíça Brasileira”, inclusive, que ele se dispôs a escrever o livro citado, cujo espaço lhe serviu para inserir passagens de uma infância interiorana em meio a questões sociais exaltadas no decorrer de sua profissão na saúde.
“Como médico, sempre busquei a compreensão do meu próximo e absorvo muito o sofrimento humano. ‘O Fugitivo’ me insere muito em suas páginas”, complementa Antônio sobre a obra lançada em 2019 na Bienal realizada em Garanhuns.
Tomado por uma narrativa empolgante, roteirizada por passagens médicas entremeadas a suas vivências como morador de cidades do interior, cujos cenários detidamente descritos no decorrer das páginas apresenta ao leitor um cotidiano que não hesita em estampar realidades, “O Fugitivo” voltou à tona pelo desejo do médico e escritor Antonio Coelho, enquanto esteve “do lado de lá” no enfrentamento da doença.
“No período em que estive internado, veio-me a vontade de fazer chegar aos mais necessitados de Ouricuri e da minha cidade adotiva (Garanhuns), os lucros que porventura sejam auferidos nas vendas dos exemplares deste livro", confessa.
Foi, portanto, somando o apego Divino aos “bons costumes” da leitura e da música durante a fase que ele descreve como “turbulenta entre vida e morte”, que Antônio Coelho empreendeu forças e estabeleceu o seu próprio (re)começo.
De volta ao aconchego de familiares e amigos, ele também voltou a pensar em uma nova obra, antes, porém, “O Fugitivo” ainda deve lhe render frutos (solidários) de um novo lançamento.