Megan Fox não se acha bonita: entenda o transtorno que ela sofre, a dismorfia corporal
Atriz americana, uma das mulheres mais bonitas do planeta, disse que nunca "amou seu corpo" e não se vê como os outros
A atriz americana Megan Fox causou espanto essa semana ao dizer, em entrevista à revista Sports Illustrated, que nunca amou seu corpo. Conhecida como uma das mulheres mais bonitas do planeta, é difícil de acreditar, mas quem sofre do Transtorno Dismórfico Corporal, ou dismorfia corporal, vê sua própria imagem de forma distorcida.
“Eu nunca me vejo como as outras pessoas me veem”, disse a estrela de “Transformers”, 36 anos, que reconheceu sofrer do transtorno. “Nunca houve um ponto na minha vida em que eu amei meu corpo, nunca”. A atriz ainda disse estar em uma “jornada sem fim” para amar a si mesma.
O transtorno psicológico de Megan atinge cerca de 2% da população mundial, o que no Brasil seria equivalente a aproximadamente 4 milhões de pessoas, de acordo com a cirurgiã plástica Thamy Motoki, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Com a dismorfia corporal, a pessoa passa a se incomodar de forma desproporcional com algo em seu corpo. Seja uma manchinha, uma marca de expressão, o nariz, a orelha, a perna mais ou menos grossa, entre diversos outros pontos. Defeitos que às vezes nem existem ou são supervalorizados. A pessoa, então, passa a se olhar obsessivamente no espelho, ou então foge dele.
— A dismorfia corporal é um transtorno psicológico que resulta em um impacto muito negativo para autoestima — afirma Motoki. — As reclamações mais comuns que noto são relacionadas à face, em especial ao nariz, e às mamas.
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O transtorno tende a surgir na época da adolescência e afeta mais, em sua grande maioria, as mulheres.
O diagnóstico nem sempre é imediato. Mas pode se revelar em queixas repetidas direcionadas à determinada área do corpo, insatisfação permanente com aquela região, ainda que não haja um problema anatômico/ estrutural/funcional importante. Há um quadro de ansiedade relacionada ao problema, que afeta a vida cotidiana. Muitos pacientes passam a evitar o convívio social, têm dificuldade de concentração e olham-se no espelho com frequência, ou chegam a evitar por completo ver sua imagem refletida ali.
O problema exige auxílio médico tanto para garantir o bem-estar mental e social, quanto para evitar procedimentos estéticos desnecessários e até arriscados. O tratamento pode incluir terapia e medicação antidepressiva.