Mistério em torno do amor de Tancinha
“Haja Coração” chega ao último capítulo com 29 pontos de audiência e três finais gravados
As idas e vindas do triângulo amoroso, além do bom humor, foram chaves para transformar a trama das sete em um grande sucesso. A história chegou ao fim de setembro com média de audiência de 29 pontos no PTN (Painel Nacional de Televisão, que registra a audiência das 15 principais regiões metropolitanas do país).
A sua antecessora, “Totalmente Demais”, também considerada um marco do horário, fechou com a média de 27,3 pontos. A audiência ainda pode subir mais enquanto Tancinha não se decide. A torcida nas redes sociais tem levantado a bola de Beto. Se a feirante ficar com o publicitário, será uma dobradinha do que aconteceu em “Sassaricando” (1987), novela de Silvio de Abreu que inspirou “Haja Coração”.
Mas é dado como certo na Globo que a feirante escolha Apolo. Três finais foram gravados. “Acho que o Beto vai continuar se superando na vida, como fez até agora. Ele nem precisaria ficar com a Tancinha para ter um final feliz, pois já aprendeu muito com esse amor e com a vida. Ele se transformou em um novo homem depois de conhecê-la”, diz João Baldasserini.
O público que acompanha a novela também aguarda os outros finais. A vilã Bruna (Fernanda Vasconcellos) será desmascarada? E será que Shirlei (Sabrina Petraglia) e Carmela (Chandelly Braz) vão terminar em paz? “É uma história de perdão. Foi só a culpa que fez Carmela se afastar da Shirlei. Elas terão final feliz”, diz o autor Daniel Ortiz.
“Já a Fedora [Tatá Werneck] larga tudo por amor. Ela encontra a felicidade nas pequenas coisas“, conta. “Haja Coração” foi um projeto despretensioso no qual imperou a emoção”, diz Fred Mayrink, diretor artístico. O capítulo será reprisado nesta quarta-feira, às 15h, no “Vale a Pena Ver de Novo”.
Boas histórias ilustraram bem a trama, com destaque para Shirlei (Sabrina Petraglia). “Essa personagem entrou como uma referência que o autor Daniel Ortiz fez a Shirley Manca, de ‘Torre de Babel’ [1998], trama de Silvio de Abreu. Mas acabou roubando a cena. A diferença para a protagonista Tancinha é que a Shirlei é pobre, deficiente e se apaixona por um cara rico. Então, o público passou a torcer por ela, que ganhou o título de mocinha da vez”, explica Julio Cesar Fernandes, pesquisador e professor da Faculdade Cásper Líbero.
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