Saúde

Monilíase oral, que fez Zé Neto interromper agenda de shows, é o popular sapinho; entenda

Cantor, que faz dupla com Cristiano, foi diagnosticado com doença após se submeter a tratamento contra problema no pulmão

Zé Neto, da dupla com Cristiano Zé Neto, da dupla com Cristiano  - Foto: Reprodução/Instagram

Uma infecção fúngica na boca, popularmente conhecida como sapinho, obrigou o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, a interromper a agenda de shows até o dia 9 de janeiro. Segundo um comunicado enviado pelos artistas à imprensa, a doença foi causada pelo uso de corticoide, "medicamento utilizado pelo cantor no recente tratamento para sanar os focos de vidro fosco no pulmão".

Na última semana, a assessoria de imprensa do sertanejo informou que Zé Neto havia iniciado tratamento para "focos de vidro fosco no pulmão" - o termo médico é uma expressão para qualificar imagens radiológicas que apresentam pulmões "manchados". Na ocasião, o próprio cantor atribuiu a doença pulmonar, muito comum em pacientes com Covid, ao uso de cigarro eletrônico.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Zé Neto (oficial) (@zenetotoscanooficial)

"Está tudo bem e realmente passei por problema sério no pulmão devido ao cigarro eletrônico. Quem mexe com essa bosta, para com isso porque faz mal", desabafou Zé Neto em vídeo publicado no Instagram.
 

A utilização de corticoides para sanar a doença no pulmão provocou o surgimento de monilíase oral, que atinge a cavidade da boca com manchas brancas. A infecção ocasionada por fungos, e que é recorrente em crianças, é popularmente conhecida como sapinho. "O cantor já iniciou o novo tratamento e deverá ficar em repouso", ressaltou um representante de Zé Neto, no último domingo (26). Entenda, a seguir, os sintomas e as causas da doença.

Sapinho: assim a monolíase oral é popularmente conhecida no Brasil. A doença é ocasionada por um fungo que se aproveita da baixa imunidade de um indivíduo para se proliferar na cavidade bucal. "A princípio, é uma doença leve, nada grave, e possível de se tratar com antifúngico", esclarece o médico Danilo Klein, do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). O problema é quando essa fungimia não se limita à cavidade oral e se expande.

A monilíase oral, que pode ser transmitida pela contato direto com a saliva, é comum em pessoas que fazem uso de corticoide ou em pacientes imunodeprimidos, que necessitam utilizar drogas imunossupressoras. Pessoas com baixa imunidade, por qualquer motivo que seja, tendem a ser alvos da doença. Durante o tratamento, é preciso interromper o uso de corticoides.

"Todos os fatores responsáveis pela queda de imunidade de um indivíduo podem culminar nessa ifecção fúngica", frisa Klein. O mais evidente, em pacientes com sapinho, é o surgimento de placas brancas na boca, como explica o médico. "Quando a doença ocorre em bebês, muitas mães acham que o filho tem restos de leite na boca. E aí, quando elas vão remover as manchas, veem que a placas são de difícil remoção", ressalta.

O sapinho é uma doença altamente curável. A monilíase oral, a rigor, apenas indica outros problemas no organismo. "Ninguém tem monilíase oral à toa. É preciso sempre ver o que está por trás da monilíase oral: pode ser o uso de corticoide, um medicamento que tende a baixar a imunidade; pode ser outra doença que causa queda de imunidade, como um HIV não tratado ou um câncer em tratamento quimioterápico; pode ser um diabetes descontrolado...", explica o médico. "A monilíase oral sempre indica alguma coisa. Ela não tende a surgir em pacientes completamente sadios".

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