Morre a cantora e compositora Sueli Costa, aos 79 anos
Sueli teve canções eternizadas por Elis Regina e Simone
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Morreu nessa sexta-feira (3), a cantora e compositora carioca Sueli Correa Costa, autora de "Jura secreta", famosa na voz de Simone, e de "20 anos blue", consagrada por Elis Regina. A informação foi confirmada por familiares. O velório está marcado para esse domingo (5), 11h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Nascida numa família de músicos, Simone teve uma mãe que tocava piano e ministrava aulas de canto coral. Foi nesse ambiente que aprendeu sozinha a tocar violão na adolescência, ao lado dos irmãos (Élcio, Lisieux, Telma e Afrânio). No estilo bossa-nova escreveu aos 18 anos a primeira composição, "Balãozinho".
Nos anos 1960 iniciou a carreira como compositora, enquanto conciliava os estudos na Faculdade de Direito em Juiz de Fora, onde foi criada, até 1969 quando seguiu para o Rio de Janeiro. Neste período, em Juiz de Fora, Sueli Costa compôs e cantou todas as canções da peça "Cancioneiro de Lampião", encenada pelo Grupo Divulgação em 1967. Ela também trabalhou na trilha da peça "Bodas de Sangue", no mesmo ano.
Ela viveu anos de ininterrupta atividade como compositora, músicas gravadas por grandes intérpretes como Nara Leão, participou da trilha sonora de peças infantis, e em festivais, além de ter ministrado aulas de música em colégios cariocas formaram um currículo respeitável.
A década de 1970 marcou um grande momento de reconhecimento do talento por parte de intérpretes como Ney Matogrosso, Simone, Cauby Peixoto, Pedro Mariano, Joanna, Fagner, Fafá de Belém, Alaíde Costa, Ângela Rô Rô, Elis Regina, Ivan Lins, Zélia Duncan, Zizi Possi, Agnaldo Rayol, Gal Costa, Wanderléa, Ithamara Koorax, entre outros.
O nome de Sueli Costa passou a fazer parte então da elite de compositores da MPB. Com o sucesso batendo à porta, foi contratada pela EMI e gravou o primeiro LP (1975) com produção de Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso. Dois anos depois, veio o segundo LP (1977), com produção de João Bosco e Aldir Blanc. Os parceiros mais importantes até hoje são, no início, Cacaso e Tite de Lemos; depois apareceram Aldir Blanc, Ana Terra, Paulo César Pinheiro e Abel Silva, com quem consagrou uma dupla de sucesso.
Amigos e admiradores lamentaram a partida da artista nas redes sociais.