Morre a cineasta Eleanor Coppola, esposa de Francis Coppola, aos 87 anos
Diretora morreu em sua casa, na Califórnia; causa da morte não foi revelada
A cineasta Eleanor Coppola morreu nesta sexta-feira (12), aos 87 anos, em sua casa em Rutherford, na Califórnia. A família confirmou a morte em comunicado, mas não informou a causa da morte. Ela deixa o marido, Francis Ford Coppola, os filhos Sofia Coppola e Roman Coppola, o irmão, William Neil, e netos.
Nascida em 4 de maio de 1936 em Long Beach, Califórnia, Eleanor ficou conhecida pela direção de longas documentais como "Francis Ford Coppola - O apocalipse de um cineasta" (1991), que contou os bastidores de "Apocalypse now" (1979) — filme de Francis Coppola sobre a Guerra do Vietnã que, devido a uma série de intempéries, demorou tanto para ser realizado que quase levou o diretor à falência, mas acabou angariando um prêmio Oscar.
Eleanor documentou ainda outros filmes de sua família, incluindo "O dossiê pelicano" (1997), do marido, e "As virgens suicidas" (1999) e "Maria Antonieta" (2006), de Sofia Coppola. "Eu provavelmente detenho o recorde mundial da pessoa que mais fez documentários sobre sua família dirigindo filmes", ela disse. No livro "Notas de uma vida" (2008), ela escreveu: "eu sou uma observadora por natureza, que tem o impulso de registrar o que vejo ao meu redor."
Eleanor se formou em Huntington Beach High School, em 1954, e na UCLA, em 1959, com um diploma de bacharel em arte. Ela conheceu seu futuro marido em 1963, no set de "Dementia 13", terror escrito e dirigido por Francis Ford Coppola, no qual ela atuou como diretora de arte assistente. O casal descobriu a gravidez do primeiro filho, Gian-Carlo Coppola, e se casou em Las Vegas no mesmo ano.
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O primogênito morreu em 1986, aos 22 anos, em um acidente de lancha, que era dirigida por Griffin O'Neal, filho do ator Ryan O'Neal. A raiva pela morte do filho foi canalizada por Eleanor em uma instalação artística chamada "Círculo da memória", que ao longo dos anos teve várias encenações.
A artista também gerenciou a vinícola Rubicon Estate, que a família possuía no norte da Califórnia, e desenhou figurinos para a Oberlin Dance Company, em São Francisco. Em seus últimos anos de vida, Eleanor dirigiu os longas de ficção "Paris pode esperar" (2016) e "Todas as formas de amor" (2020), já aos 84 anos.