Morre a escritora Marina Colasanti, aos 87 anos, no Rio de Janeiro
Causa da morte ainda não foi divulgada
Autora de mais de 70 obras e ganhadora nove vezes do Prêmio Jabutui, a escritora Marina Colasanti morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, no Rio de Janeiro.
Segundo o colunista Ancelmo Gois, Marina morreu em casa e o velório será no Parque Lage, na Zona Sul do Rio, onde morou por anos da vida.
A causa ainda não foi divulgada.
O velório será no Parque Lage, onde a escritora morou, das 9h às 12h desta quarta-feira (29).
Leia também
• Morre Dirceu Paiva, "guardião da memória" do Santa Cruz, aos 93 anos
• Morre pernambucano MC Rafinha, dono do hit "Escreve Aí Doutor", vítima de acidente de moto
• Escritora com mais de 60 livros, Marina Colasanti vence prêmio Machado de Assis, da ABL
Em 2023, Marina se tornou a 10ª mulher a conquistar o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras e considerado um dos principais prêmios literários do país.
Marina Colasanti nasceu na cidade de Asmara, capital da Eritreia, na África, que era uma colônia italiana. A escritora chegou ao Rio aos 10 anos, em 1948, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela era casada há mais de 50 anos com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna.
Ela também atuou como jornalista, apresentadora de TV, publicitária e tradutora.
Carreira
Uma das mais premiadas autoras do país, Marina já venceu nove vezes o Jabuti em diversas categorias, com contos (”Eu não sei se devia”, 1997), poesia (“Passageira em trânsito”, 2010) e infantil, que lhe rendeu o prêmio livro do ano de ficção em 2014 (“ Breve história de um pequeno amor”).
Em 2023, venceu o Machado de Assis, o mais importante prêmio literário conferido pela Academia Brasileira de Letras a nomes que se destacam pelo conjunto de sua obra.
No ano passado, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) a elegeu como a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti.
"Marina escreve para crianças livros que também são lidos por adultos. São textos encantados, com leituras que se desdobram", disse a imortal da cadeira de número 10, Rosiska Darcy de Oliveira, no discurso de entrega do Prêmio Machado de Assis a Marina.