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LUTO

Morre a jornalista e escritora Danuza Leão, aos 88 anos

Escritora, jornalista e ex-modelo estava internada na Clínica São Vicente, onde tratava de problemas respiratórios

Danuza LeãoDanuza Leão - Foto: Reprodução/Instagram

A jornalista, escritora e ex-modelo Danuza Leão morreu nesta quarta-feira (22), aos 88 anos. Danuza estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio, onde tratava de problemas respiratórios.

Nascida em Itaguaçu, no Espírito Santo, ela mudou-se com a família aos 10 anos de idade para o Rio. Aos 17, começou a carreira de modelo profissional, na década de 1950, e foi a primeira brasileira a desfilar no exterior. Irmã da cantora e compositora Nara leão, acompanhou de perto o surgimento da bossa nova no apartamento de seus pais, o célebre 303 do edifício Palácio Champs Élysées, na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Aos 20 anos, Danuza casou-se com o jornalista Samuel Wainer, o fundador do jornal Última Hora, que tinha o dobro de sua idade. O casal teve três filhos: a artista visual Pinky Wainer, o distribuidor cinematográfico Bruno Wainer e o jornalista Samuel Wainer Filho, que morreu em um acidente de carro em 1984, aos 29 anos. Danza era avó do ator Gabriel Wainer, do fotógrafo e cineasta João Wainer e da artista visual Rita Wainer.

Depois de Samuel Wainer, Danuza casou-se com o compositor e cronista Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado. Após o estouro da onda Disco no Rio, ela tornou-se uma das maiores promoters da noite carioca, em boates como a Hippopotamus e a Regine's.

Foi colunista no Jornal do Brasil e na Folha de S. Paulo, antes de assinar uma coluna na Revista Ela, do GLOBO, entre 2017 e 2019. Autora de oito livros, como os best sellers "Na sala com Danuza" (1992) e "É tudo tão simples" (2011). A autobiografia "Quase Tudo" (2005) e "Fazendo as malas" (2008) lhe renderam o Prêmio Jabuti.

Danuza foi ainda jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de butique e produtora de arte. Também colaborou em novelas da TV Globo e atuou no cinema, em filmes dirigidos pelo amigo Glauber Rocha, como o clássico do cinema novo "Terra em transe" (1967) e "A idade da Terra" (1980).

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