LUTO

Morre quadrinista Ed Piskor após publicar carta se defendendo de acusações de má conduta sexual

Famoso pela HQ 'Hip Hop genealogia', americano publicou uma longa mensagem nas redes: ''Fui morto pelo cyberbullying''

A morte do quadrinista Ed Piskor foi confirmada na última terça-feira (2)A morte do quadrinista Ed Piskor foi confirmada na última terça-feira (2) - Foto: Reprodução/Instagram

A morte do quadrinista Ed Piskor foi confirmada na última terça-feira (2), após um post de sua irmã no Facebook. Desde o início da semana, uma suposta carta de despedida do artista vinha circulando na internet, levantando suspeitas da parte dos fãs.

Na manhã de segunda-feira, Piskor postou uma nota longa em sua página do Facebook, abordando as alegações de conduta sexual inadequada por parte de várias mulheres. Ele vinha recebendo mensagens de ódio na internet.

"Fui morto pelo cyberbullying. Alguns de vocês contribuíram para minha morte se divertindo com boatos. Eu não era uma inteligência artificial. Eu era um humano de verdade", escreveu ele. Nascido em 1982, o artista terminou a mensagem com a palavra japonesa para despedida, "sayonara". Também compartilhou o link para um documento em que se lia "1982-2024".

Piskor foi acusado de fazer avanços à quadrinista Molly Dwyer quando ela tinha 17 anos. Dwyer chegou a tornar públicas mensagens trocadas entre os dois. Ele diz que foi mal interpretado.

O quadrinista também nega as acusações da desenhista Molly Wright. Segundo ela, Piskor teria sugerido lhe passar o telefone de um agente em troca de uma relação sexual.

Piskor ganhou fama com as tiras “Hip hop family tree”, publicadas inicialmente no site “Boing boing” e vencedoras do prêmio Eisner, o mais importante dos quadrinhos, quando compiladas numa série de livros, a partir de 2013. No Brasil, foi lançada sob o título de “Hip Hop genealogia” (Sumário de Rua/Veneta).

Publicado nos EUA pela Fantagraphics, uma das maiores editoras de quadrinhos do mundo, “Hip hop genealogia” serviu de inspiração para a série “The get down”, que também retrata as origens do hip hop. Piskor diz que recebeu fotos do set da ambiciosa produção de Baz Luhrmann para a Netflix em que páginas de seus livros apareciam coladas nas paredes do departamento de figurino.

— Gostei da série. É brega pra cacete, mas todo filme sobre hip hop tem alguma breguice. Só teria sido gentil se Baz tivesse falado comigo. Eu cito minhas fontes no meu livro — alfineta Piskor.

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