Morte de Liam Payne: mais dois funcionários de hotel argentino são acusados
Embora os detalhes das acusações não tenham sido divulgados, chefe de segurança do hotel foi apontado por ter feito uma ligação para emergências sete minutos antes do incidente que resultou na morte do ex-cantor
Faltando apenas seis dias para completar dois meses da morte de Liam Payne em um hotel de Palermo, Buenos Aires, o caso teve novos desdobramentos após a revelação de que há mais dois acusados e que os outros três já indiciados foram convocados para interrogatório.
Quase dois meses após o incidente, a juíza Laura Bruniard determinou que o empresário Rogelio Nores, o garçom Braian Paiz e o funcionário do hotel Ezequiel Pereyra sejam interrogados. Nores, amigo e empresário de Payne, foi acusado de abandono de pessoa seguido de morte e de facilitação de entorpecentes. Essa última acusação também recai sobre Paiz e Pereyra.
Segundo fontes judiciais revelaram ao La Nación, os cinco interrogatórios ocorrerão na próxima semana, de forma remota. Além disso, a magistrada incluiu duas novas acusações no caso: Esteban Reynaldo Grassi, chefe de segurança do hotel que estava na recepção no momento da morte, e Gilda Martín, gerente do CasaSur.
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Embora os detalhes das acusações não tenham sido divulgados, Grassi foi apontado por ter feito uma ligação para emergências sete minutos antes do incidente que resultou na morte do ex-cantor.
Por outro lado, na semana passada foi divulgado que Geoff Payne, pai de Liam, enviou à Justiça argentina um e-mail em que a neuropsiquiatra do cantor, semanas antes da tragédia, informava a Nores que não poderia continuar assistindo Liam. No e-mail, ela alertava que a mistura de álcool com o antidepressivo poderia ser fatal. Isso demonstra que o ex-integrante do One Direction não recebeu apoio adequado para seu tratamento por parte das pessoas que o cercavam no país.
O ex-cantor da banda juvenil One Direction morreu em 16 de outubro após cair do terceiro andar do hotel CasaSur, onde estava hospedado. A autópsia revelou que ele faleceu devido à queda e que, em seu corpo, havia uma mistura de álcool, cocaína e o antidepressivo sertralina.
"Eu não entreguei a droga"
“A realidade é que eu não forneci drogas”, afirmou Braian Paiz em entrevista ao Telefé Noticias. “Ele me contatou no âmbito do meu trabalho. Troquei contato com ele, e nos encontramos naquela noite. Foi tudo normal. Ele desceu para me buscar porque eu estava perdido, não sabia como chegar ao hotel”, explicou Paiz, acrescentando que esse encontro ocorreu enquanto Liam estava hospedado no Hotel Park Hyatt, também em Palermo. “Ali nos encontramos. Ele me mostrou um pouco da música que estava trabalhando”, contou.
Durante a entrevista, Paiz afirmou ter ouvido que Liam estava em tratamento para dependência química, mas ressaltou: “A realidade é que, quando ele chegou ao local onde eu trabalho, já estava drogado. Na verdade, nem comeu nada”.
Paiz detalhou mais sobre o encontro: “Ele pediu meu contato e eu passei meu Instagram. Ele me enviou mensagens porque queria consumir drogas. Já estava drogado e ia a um show ou algo do tipo”. De acordo com seu relato, essa foi a última vez que falou com Liam, no dia 2 de outubro. “Subi ao hotel, conversamos, ele me mostrou as músicas, como já mencionei, e tomamos alguns shots de uísque”, relembrou.
Por sua vez, em uma entrevista exclusiva ao Daily Mail, o empresário amigo de Liam rejeitou as acusações contra ele. “No dia 17 de outubro, prestei depoimento ao promotor como testemunha, e desde então não falei com nenhum policial ou promotor”, afirmou. Ele negou a acusação de ter abandonado Liam em uma situação perigosa: “Nunca abandonei Liam. Estive no hotel dele três vezes naquele dia e saí 40 minutos antes de tudo acontecer. Havia mais de 15 pessoas no saguão do hotel conversando e brincando com ele quando fui embora”, relatou. E concluiu: “Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer.”