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Cultura

Mostra celebra 50 anos do Movimento Armorial com exposição no Mepe, a partir desta quarta (18)

Exposição chega ao Recife na exata data do marco que inaugura o movimento; concerto do Quinteto da Paraíba em homenagem a Ariano Suassuna também acontece nesta quarta (18), às 19h, no Pátio de São Pedro

Onça Caetana, personagem de mitos sertanejos presente na obra de Ariano SuassunaOnça Caetana, personagem de mitos sertanejos presente na obra de Ariano Suassuna - Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

Os 50 anos do movimento armorial - universo criado pelo escritor, dramaturgo, professor e artista plástico Ariano Suassuna (1927-2014) inspirado em elementos da cultura popular para conceber obras eruditas em diversas linguagens artísticas - serão celebrados em uma programação especial que inclui uma exposição com mais de 140 itens.

A mostra “Movimento Armorial 50” - que começa nesta quarta-feira (18) no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) e segue em cartaz até 7 de janeiro do próximo ano - tem entrada gratuita. O acesso precisa ser realizado através da plataforma Sympla

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Para marcar a data, será realizado, hoje, às 19h, o espetáculo” Concerto para Ariano - 53 anos do Armorial”, com o Quinteto da Paraíba, na Catedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro. A apresentação faz alusão ao recital do Quinteto Armorial nesse mesmo local há exatos 53 anos, em 18 de outubro de 1970, considerado o marco inicial do movimento. 

Mostra foi idealizada pela produtora cultural Regina Rosa de Godoy  Mostra foi idealizada pela produtora cultural Regina Rosa de Godoy  | Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

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Enfim, a chegada ao Recife
Idealizada pela produtora Regina Rosa de Godoy, com curadoria de Denise Mattar e consultoria de Manuel Dantas Suassuna, artista plástico e filho de Ariano, e do professor Carlos Newton Júnior, a mostra estreou em dezembro de 2021 para o público do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e ficou em cartaz até o início de 2023. A vinda para o Nordeste, berço do Movimento Armorial foi viabilizada graças ao patrocínio do Ministério da Cultura e da Petrobras.

“A mostra agora aporta no Recife em uma data tão emblemática, 18 de outubro. São 53 anos do Movimento Armorial e a gente está muito feliz de trazer essa mostra e falar sobre a importância desse movimento para as novas gerações. É um movimento brasileiro que valoriza a cultura popular e traz à luz e faz esse meio de campo entre o erudito e o popular, um se alimenta do outro para existirem juntos”, comemora Regina Rosa de Godoy.

“A primeira coisa que descobri [durante a pesquisa] que foi extraordinária foi que Ariano tinha comprado um conjunto de obras do Movimento Armorial para a Universidade Federal de Pernambuco. Aí eu vi a possibilidade de fazer uma exposição com obras selecionadas pelo próprio Ariano”, relembra a curadora da mostra, Denise Mattar.

"É da maior importância continuar esse olhar sobre o Armorial, um movimento criado há 53 anos atrás e que continua vivo e pulsante. E a prova disso é essa exposição", comenta Dantas Suassuna, filho de Ariano, que compareceu à pré-estreia da exposição.

Dantas Suassuna, filho de Ariano, prestigiou a pré-estreia da exposiçãoDantas Suassuna, filho de Ariano, prestigiou a pré-estreia da exposição   | Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

O armorial e suas linguagens
Entre as 140 obras expostas estão peças de artistas importantes para a arte Armorial, como o próprio Ariano, Miguel dos Santos, Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna e Lourdes Magalhães, a maior parte oriunda de acervos de colecionadores particulares e a instituições - como a Universidade Federal de Pernambuco, o Museu da Arte Moderna Aluísio Magalhães e a Oficina Brennand, somadas a obras mais contemporâneas, como as do artista plástico, Manuel Dantas Suassuna, e uma intervenção do xilogravurista Pablo Borges, filho do mestre J. Borges.

Já no pavimento inferior, o público é recebido pela escultura de quase quatro metros da mítica Onça Caetana, personagem de mitos sertanejos presente na obra de Ariano Suassuna, e pode acompanhar a cronologia ilustrada com fotos raras com a trajetória pessoal e artística do ilustre paraibano e do próprio Movimento Armorial, bem como uma obra do xilogravurista Pablo Borges, feita especialmente para esta etapa de Recife, com uma homenagem a Ariano e outros mestres armoriais. No segundo andar, os figurinos do artista plástico pernambucano Francisco Brennand (1927-2019), criados para o filme A Compadecida, de 1969 e diversos quadros icônicos de artistas dessa geração, entre eles, Gilvan Samico (1928-201

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