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arte

Mostra em Roma reúne obras-primas de Caravaggio e vende 60 mil ingressos em três dias

Exposição acompanha a carreira meteórica do artista desde sua chegada a Roma, quando ele só podia se dar ao luxo de usar a si como modelo

''Ecce Homo'', de Caravaggio ''Ecce Homo'', de Caravaggio  - Foto: Pierre-Philippe Marcou /AFP

Cerca de 430 anos depois que Caravaggio chegou a Roma para encantar e conquistar clientes abastados com sua arte transgressora, o artista está novamente chamando a atenção, com uma exposição de sucesso na Galeria Nacional de Arte Antiga no Palazzo Barberini.

Cronologicamente organizada, a mostra “Caravaggio 2025” acompanha a carreira meteórica do artista desde sua chegada a Roma, quando ele só podia se dar ao luxo de usar a si mesmo como modelo, até tempos mais abundantes, quando foi festejado por banqueiros e cardeais ricos, até seus últimos anos em fuga, após matar um homem e tentar obter o perdão papal por meio da arte.

Mais de 60 mil ingressos já foram vendidos para a exposição, que abriu na sexta-feira e vai até 6 de julho, uma prova tanto do apelo da originalidade feroz de Caravaggio quanto de sua reputação como o bad boy espadachim do barroco.

Das 24 obras em exposição, nove são de coleções estrangeiras (cinco apenas dos Estados Unidos). Os empréstimos permitiram justaposições interessantes.

Caravaggio era conhecido por usar pessoas que conhecia como modelos, geralmente de classes sociais baixas e incluindo cortesãs.

"É emocionante ver como Caravaggio age como um diretor" disse a curadora Maria Cristina Terzaghi, descrevendo como ele poderia usar o mesmo modelo em diferentes figurinos e iluminação para criar obras dramaticamente diferentes.

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