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Moulin Rouge encerra polêmico espetáculo com serpentes

Na quarta-feira (10), estava prevista uma manifestação em frente ao cabaré pela associação de proteção animal Paris Animaux Zoopolis

Na última sexta-feira, em um artigo do jornal Le Parisien, o Moulin Rouge havia informado que encerraria "a apresentação de animais no palco [...] em 2024"Na última sexta-feira, em um artigo do jornal Le Parisien, o Moulin Rouge havia informado que encerraria "a apresentação de animais no palco [...] em 2024" - Foto: Divulgação / Matthew Murphy

O Moulin Rouge vai parar de usar serpentes de espécies protegidas em seu espetáculo a partir desta terça-feira (9), diante das pressões de uma associação de defesa dos animais, anunciou o famoso cabaré parisiense.

A direção "anuncia o fim definitivo do número com serpentes a partir de hoje, terça-feira, 9 de maio de 2023, e antecipa assim o seu compromisso", indicou o estabelecimento em um breve comunicado, sem oferecer mais detalhes à AFP.

Na última sexta-feira, em um artigo do jornal Le Parisien, o Moulin Rouge havia informado que encerraria "a apresentação de animais no palco [...] em 2024".

Na quarta-feira (10), estava prevista uma manifestação em frente ao cabaré pela associação de proteção animal Paris Animaux Zoopolis, que também pretendia "apresentar uma denúncia de maus-tratos aos animais".

"É um avanço histórico" na França, declarou a cofundadora do grupo, Amandine Sanvisens.

Neste espetáculo diário, uma bailarina entra em um cubo transparente com água e manipula grandes serpentes da espécie píton, que tentam manter suas cabeças fora d'água.

As duas espécies usadas "são protegidas", além de serem "terrestres" e não aquáticas, lamentou a Prefeitura de Paris no início de março, pedindo à casa de shows que deixasse "de utilizar animais silvestres" em seus espetáculos.

O Moulin Rouge prometeu então encerrar o número, mas sem estabelecer uma data para o fim das apresentações.

O estabelecimento destacou que já havia comunicado sua decisão a duas deputadas encarregadas de verificar a aplicação da lei de 30 de novembro de 2021 contra o abuso de animais.

Essa lei reforça a supervisão de espetáculos com animais silvestres em boates e programas de televisão, mas não faz nenhuma referência aos cabarés.

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